Novo malware para MacOS é capaz de ligar a webcam do usuário e controlar o computador remotamente

Embora os cibercriminosos direcionem os seus "canhões" para os sistemas operacionais com maior percentual de mercado, já que a possibilidade de causar estrago é bem maior, isso não significa que sistemas com público mais restrito estejam livres de problemas de segurança. A prova mais recente disso é o malware Fruitfly, descoberto pela empresa de segurança Malwarebytes que afeta diretamente o MacOS, da Apple, e é capaz de espionar o usuário, através da webcam e controlar o computador remotamente.

De acordo com a Malwarebytes o código da ameaça é simples, mas engenhoso, e a descoberta foi feita por acaso, quando um administrador de TI percebeu um tráfego de rede incomum. A ameaça é escrita com códigos ultrapassados, que inclui até um código open-source que não é atualizado desde 1998.

Mesmo não sendo sofisticado, o Fruitfly consegue atuar num dos maiores perigos do mundo contemporâneo: a vigilância. Além de acessar a webcam e controlar o computador de forma remota a ameaça também faz screenshots da tela.

É bem provável que essa ameaça seja derivada de um malware que está circulando na rede desde 2014, e a Malwarebtyes acredita a utilização de códigos antigos pode significar que ou os cibercriminosos não conhecem muito bem o sistema MacOS ou lançaram dessa maneira para evitar que sistemas de segurança programado para detectar ameaças mais recentes conseguissem identificar o Fruitfly.

O próprio software da MalwareByte já está habilitado a neutralizar a ameaça (detectado como OSX.Backdoor.Quimitchin.) e a Apple já lançou atualizações para coibir o Fruitfly.