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Tecnologia e Ciência

Novo estudo aponta que o Universo tem 26,7 bilhões de anos, quase o dobro do que se pensava

Pesquisa resolve paradoxos da existência de galáxias com quase a mesma idade que o cosmo

Tecnologia e Ciência|Filipe Siqueira, do R7

Uma nova pesquisa mostrou que o nosso universo pode ter quase o dobro da idade que estudos anteriores calculavam. Segundo a análise, o Cosmos tem 26,7 bilhões de anos, em vez de 13,7 bilhões, a estimativa mais aceita atualmente.

Para chegar ao dado, os cientistas propuseram o que foi chamado de "uma nova cosmologia" e tentaram resolver uma espécie de paradoxo denominado "problema impossível das galáxias primitivas", em um estudo publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

A necessidade de uma nova datação do Universo não é nova. Pesquisas anteriores tentaram chegar a um resultado com a medição do tempo desde o Big Bang e um estudo detalhado das estrelas mais antigas, com um método conhecido como "desvio para o vermelho".

Galáxias antigas fazem cientistas questionarem a idade estimada do Universo
Galáxias antigas fazem cientistas questionarem a idade estimada do Universo

Mas (quase sempre existe um "mas"!) estrelas e galáxias muito antigas — como a Matusalém — passaram a existir cerca de 300 milhões de anos após a gênese do Universo, o que não está de acordo com as teorias mais aceitas de formação estrelar.


Além disso, essas estrelas e galáxias estão em um nível de "maturação cósmica" que parece chegar aos bilhões de anos. Ou seja: ou essas galáxias são mais jovens do que aparentam ou o Universo é muito mais velho.

"Nosso modelo recém-desenvolvido estende o tempo de formação da galáxia em vários bilhões de anos, deixando-o com 26,7 bilhões de anos, e não 13,7 bilhões, como estimado anteriormente", afirma Rajendra Gupta, professor da Universidade de Ottawa e principal autor do estudo.


Para chegarem ao resultado, os pesquisadores utilizaram uma nova técnica de interepretação da luz em locomoção de bilhões de anos.

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Gupta unificou duas teorias complicadas, chamadas "hipótese da luz cansada" e "constante de acoplamento", para propor um modelo híbrido de "desvio para o vermelho", em que as mudanças nas ondas de radiação eletromagnética da luz não se devem apenas à expansão do Universo, mas também à perda de energia dos fótons ao longo do caminho.


Essa adição teórica — que ainda está longe de ser confirmada por observações científicas mas é aceita matematicamente — permite estender o tempo de formação e expansão do Universo em vários bilhões de anos terrestres.

"Essa modificação no modelo cosmológico ajuda a resolver o quebra-cabeça de pequenos tamanhos de galáxias observados no início do universo, permitindo observações mais precisas", afirmou Gupta em um comunicado oficial da Universidade de Ottawa, no Canadá.

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