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Tecnologia e Ciência

Obsessão de Zuckerberg com realidade virtual ainda está longe de sair do papel

Funcionários da controladora do Facebook não acreditam que a empresa seja capaz de lançar o Metaverso para o público até 2024

Tecnologia e Ciência|Do R7

A realidade virtual é vista como algo saído do ego de Mark Zuckerberg e não como um possível produto rentável
A realidade virtual é vista como algo saído do ego de Mark Zuckerberg e não como um possível produto rentável

A ideia de investir em projetos envolvendo realidade virtual nunca esteve tão forte dentro do Facebook. Desde que Mark Zuckerberg apresentou ao mundo o conceito do "Metaverso", em outubro do ano passado, a gigante de tecnologia entrou em uma corrida contra o tempo para lançar um de seus projetos mais ambiciosos: o óculos de realidade virtual AR.

No lançamento do grupo Meta, Zuckerberg apresentou vídeos mostrando que os óculos de realidade virtual seriam capazes não só de projetar hologramas (como aqueles que aparecem na saga Star Trek) mas também de fazer com que os usuários interajam com essas imagens.

O próprio Zuckerberg encara o lançamento do dispositivo como algo que pode redefinir a relação do homem com a tecnologia, e ser a grande salvação do Facebook após uma sequência de arranhões na imagem da empresa.

A realidade, contudo, é bem menos empolgante do que essa. De acordo com o site norte-americano The Verge, funcionários da empresa não acreditam que o Grupo Meta seja capaz de lançar um produto do tipo até 2024 (data estabelecida pelo próprio Zuckerberg) e atualmente a companhia tampouco possui um protótipo funcional do óculos para apresentar.


Também segundo The Verge, internamente, o desenvolvimento do óculos de realidade virtual é encarado muito mais como algo ligado ao ego de Mark Zuckerberg do que propriamente um produto acessível e que possa se tornar rentável para a empresa nos próximos anos.

Longo caminho a percorrer

Antes da mudança de nome, o Facebook tinha um setor destinado para o desenvolvimento de óculos AR. Com o passar dos anos e a falta de investimento, o segmento foi fechado e deixado de lado.


Quando o Facebook passou a se chamar Meta, Zuckerberg voltou a mexer na "caixinha de ideias'' sobre a realidade virtual, enxergando o investimento como uma nova oportunidade para o grupo, em meio a escândalos e perda de usuários mais jovens para outras redes sociais. Até aqui, no entanto, o trabalho não parece ter um rumo.

Os custos para investir nos óculos de realidade virtual são altos - somente no ano passado, o grupo Meta investiu cerca de US$ 10 bilhões na suas divisões de hardware e software envolvidas com o projeto -, e ainda não há nenhum tipo de definição sobre o que o produto vai se tornar dentro da empresa.


Além disso, o próprio Zuckerberg admitiu que vai levar anos, talvez décadas, para que o item seja atrativo para os usuários em larga escala.

Funcionários também não têm expectativa de que o produto se difunda de maneira rápida entre o público, já que a própria compreensão e adaptação a qualquer item relacionado com a realidade virtual leva tempo.

Rivais também disputam a mesma corrida Já faz algum tempo que big techs investem em realidade virtual. Google, Apple e Microsoft têm feito aquisições focadas no desenvolvimento de seus próprios óculos de realidade ampliada ou itens similares.

No Google, o lançamento de novos produtos de realidade virtual e realidade aumentada também está previsto para 2024.

Já empresas como a Microsoft e a Snap já possuem linhas de óculos de realidade virtual. Até agora, entretanto, nenhuma delas também foi capaz de alcançar o grau de popularidade e acessibilidade aparentemente pretendido por Mark Zuckerberg.

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