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Tecnologia e Ciência

Pesquisa usa inteligência artificial para detectar tendências suicidas

Cientistas conseguem identificar alterações no cérebro de pacientes

Tecnologia e Ciência|Tiago Alcantara, do R7

Computador faz análise de ressonâncias magnéticas para prever tendências suicidas
Computador faz análise de ressonâncias magnéticas para prever tendências suicidas

Cientistas desenvolveram um novo tipo de técnica que usa inteligência artificial para identificiar tendências suicidas em pacientes com base na atividade em determinadas regiões do cérebro. A tecnologia usa aprendizado de máquina (também chamado de machine learning, em inglês) para identificar esse comportamento e buscar ajuda antes de uma tragédia.

Uma pesquisa e a nova técnica foram desenvolvidas em conjunto pela Universidades Carnegie Mellon e Pittsburgh, ambas da Pennsylvania, nos EUA. A abordagem analisa alterações no cérebro do paciente e os conceitos que elas podem representar, como morte, crueldade e confusão. Com base em exames de ressonância magnética, os pesquisadores conseguiram identificar palavras-chave que iniciavam atividades em regiões diferentes do cérebro, apontando se as pessoas estavam ou não considerando o suicídio.

Uma das grandes dificuldades na prevenção é realmente identificar se a tendência ao ato com base apenas em consultas. De acordo com estudos científicos, cerca de 80% das pessoas que efetivamente atentam contra a própria vida se diziam bem em seus últimos contatos com especialistas. De acordo com os testes realizados pelas universidades, o sistema tem uma taxa de acerto de 91%, mas ainda não é infalível, segundo um dos líderes da pesquisa, o professor Marcel Just.

Segundo Just, os participantes do estudo foram todos voluntários e ainda é necessário saber quais resultados o mesmo exame teria em pessoas que não admitem pensamentos suicidas. No entanto, essa tendência aponta para um possível uso bastante interessante para a tecnologia no futuro, já que técnicas semelhantes já estão sendo testadas também para detectar outras doenças, como o câncer, por exemplo. Com informações do site Engadget.

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