Nos últimos dias, pessoas públicas têm sido vítimas de ataques hackers. A atriz Marina Ruy Barbosa, por exemplo, teve sua conta do Instagram invadida duas vezes em 24 horas.Leia também: Apps que divertem nas redes podem trazer riscos, dizem especialistas “As contas de redes sociais abertas são mais fáceis de serem invadidas do que as privadas, tendo em vista que o usuário já têm algumas informações expostas”, diz Guilherme Neve, especialista em Segurança Cibernética e professor do curso na pós-graduação da UniCarioca. Segundo o relatório da ISTR (Relatório de Ameaças à Segurança na Internet), mostra que o Brasil é o sétimo país com mais invasões de hackers. Segundo Neves, a Symantec, especialista em defesa cibernética, bloqueia cerca de 10 mil celulares com suspeita de ataques hackers por dia e que empresas de antivírus chegam a bloquear mais de 50 mil celulares por dia pelo mesmo motivo. Existem vários tipos de ataque hacker. Os mais comuns são os Ransomware, sequestradores digitais, e o Spyware, que utiliza um software de inteligência artificial para vasculhar as redes sociais de uma pessoa sem que ela perceba - é o ataque que mais tem crescido.Leia também: Falha permite que hackers acessem fotos, vídeos e áudios em aplicativos "Quando um cibercriminoso utiliza o spyware, o software pode monitorar toda a movimentação do usuário tanto nas redes sociais, como em aplicativos de mensagens, podendo até assumir a personalidade da pessoa, o que significa que, os hackers podem escrever do mesmo modo que a pessoa”, afirma Neves.Como identificar um possível ataque hacker? Entre as dicas do especialista em Segurança Cibernética para não se tornar vítima de cibercriminosos estão não acessar links duvidosos que chegam por e-mail, principalmente se não foi solicitado, manter o sistema operacional atualizado e realizar backups, tanto no computador como no celular, manter o antivírus atualizado, se puder, usar os antivírus pagos que utilizam inteligência artificial nos seus componentes.Leia também: O racismo por trás dos filtros do FaceApp e de outras tecnologias Caso suspeite que tenha sido hackeado, Neves afirma que pode tentar recuperar seus dados com segurança. “O primeiro passo é trocar as senhas, pois os dados podem continuar a serem vendidos na Deep Web, por exemplo. É necessário instalar um antivírus, apesar de deixar o computador ou o smartphone mais lento, os benefícios são maiores. É importante também fazer uma limpeza e manter os softwares originais e atualizados, tendo em vista que os piratas já vêm com vírus instalados”, afirma.*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini