Senado americano pede respostas sobre velocidade de iPhones
Presidente de comitê enviou carta a Tim Cook e pediu transparência da Apple
Tecnologia e Ciência|Do R7, com agências internacionais
O presidente do Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado americano, o republicano John Thune, pediu que a Apple responda questões sobre atualizações de software que reduziram a velocidade de modelos do iPhone por causa de desgastes na bateria.
A empresa pediu desculpas pela prática no dia 28 de dezembro, quando testes tornaram públicos as diminuições de desempenho. Para contornar o problema, o preço de trocas de bateria foi reduzido de R$ 256 (US$ 79) para R$ 94 (US$ 29) no modelo 6 ou posterior do iPhone. Também devem ser realizadas novas alterações no sistema operacional da marca para permitir aos usuários saberem se suas baterias apresentam algum problema de funcionamento.
Na carta enviada na última terça (9) por Thune ao presidente da Apple, Tim Cook, o político afirmou que "em virtude do grande volume de críticas recebidas dos consumidores contra à empresa" e após a admissão da prática, é necessário "uma melhor transparência".
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Thune também perguntou se a empresa pretende oferecer mais programas de descontos em trocas de baterias para consumidores ou mesmo baterias extras gratuitas, além de questionar se modelos anteriores ao iPhone 6 possuem atualizações similares de software. O prazo para respostas é 23 de janeiro.
Questionada, a Apple ainda não se pronunciou sobre a carta oficial, mas em comunicados passados afirmou que está ciente "que muitas pessoas estão decepcionadas" e pediu desculpas.
A admissão de que atualizações do iOS diminuíam a velocidade de processamento de modelos de iPhone confirmam comentários e testes feitos anteriormente. No final de dezembro, a Apple afirmou que a prática é uma forma de evitar desligamentos imprevistos pelo envelhecimento dos aparelhos.
Diversos consumidores processaram a empresa, mas os processos foram arquivados. Atualmente, a uma denúncia legal envolvendo a "obsolência programada", prática que é ilegal nos EUA.