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Serial killer de Goiânia seria na verdade um spree killer

Opinião é da especialista em criminologia e escritora Ilana Casoy

Tecnologia e Ciência|Do R7*

Thiago Henrique Gomes da Rocha, conhecido como serial killer de Goiânia, confessou ter matado 39 pessoas
Thiago Henrique Gomes da Rocha, conhecido como serial killer de Goiânia, confessou ter matado 39 pessoas Thiago Henrique Gomes da Rocha, conhecido como serial killer de Goiânia, confessou ter matado 39 pessoas

De acordo com a escritora e especialista em criminologia Ilana Casoy, o serial killer de Goiânia, Thiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, que confessou ter matado 39 pessoas, não seria um serial killer e, sim, um spree killer. Sua opinião é baseada em dados obtidos até agora pela investigação, que ainda não chegou ao fim.

Ilana explica que um serial killer é um indivíduo que comete uma série de homicídios com um intervalo entre eles. As vítimas têm o mesmo perfil e a mesma faixa etária, sexo e raça. Elas são escolhidas ao acaso dentro deste perfil e são objeto da fantasia do serial killer.

O spree killer, por outro lado, mata várias pessoas em um período de horas, dias ou semanas. Ele não passa por fases e se acalma até precisar matar novamente. Suas vítimas estão no lugar errado, na hora errada.

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Em entrevista ao R7, ela explica que, entre outros aspectos, um serial killer tem uma relação com sua vítima muito diferente da de um spree killer. Enquanto para o matador em série (serial killer) é muito importante a seleção da vítima, a caça e a interação com ela, para o spree killer, o mais importante é sua relação com o poder de matar. Enquanto para o serial killer a vítima é simbólica, para o spree killer, ela não entra na sua fantasia.

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— A fantasia dele é o poder dele. A vítima estava na hora errada, no lugar errado. O que está em jogo aqui é o próprio indivíduo, a fantasia é com ele mesmo.

No caso de Thiago Henrique Gomes da Rocha, o suposto serial killer de Goiânia, Ilana vê uma grande variedade entre suas supostas vítimas.

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— Não era muito importante para ele se era morador de rua, se era mulher, se era velha... Tem vítimas de 30, de 13, tem loira, morena. Agora, olha bem como ele se importa com ele mesmo: quis dar entrevista sem camisa.

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Ela ressalta, entretanto, que isso não faz diferença nenhuma juridicamente, já que no Brasil não há uma diferenciação quanto a tais comportamentos criminais. Ilana afirma, ainda, que a diferença em saber disso se faz nos interrogatórios para a montagem do caso.

Ilana reforça que a investigação ainda não acabou e que sua avaliação foi feita baseada nos dados divulgados até agora.

A escritora é autora de vários livros sobre serial killers, entre eles, os best-sellers Serial Killers: Louco ou Cruel? e Serial Killers: Made in Brazil, que acabaram de ganhar uma nova edição publicada pela editora DarkSide Books.

*Amanda Martins, estagiária do R7

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