Tecnologia pode ajudar a tornar máscaras N95 reutilizáveis
Pesquisadores desenvolveram um filtro que pode ser utilizado no acessório, considerado o mais eficiente para combater a transmissão do coronavírus
Tecnologia e Ciência|Guilherme Carrara, do R7*
Para melhorar o desempenho e durabilidade das máscaras N95, pesquisadores da Sociedade Norte-Americana de Química desenvolveram uma membrana que pode ser colocada em cima do filtro do dispositivo convencional para bloquear mais partículas e tornar o modelo reutilizável.
A N95 se tornou o braço direito de todos os profissionais de saúde no mundo com a pandemia de coronavírus. No Brasil, a recomendação geral da Anvisa, é que profissionais devem utilizá-la ao atuar em procedimentos com risco de geração de aerossol em pacientes infectados.
Mas isso nem sempre é possível devido à escassez do material, que é descartável e deve ser utilizado por no máximo oito horas seguidas. Isso consiste em uma por dia para cada profissional de saúde.
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Além disso, por mais que essas máscaras consigam filtrar uma porcentagem de 85% do ar, ela tem suas limitações. As partículas da covid-19 têm um tamanho menor do que os pequenos filtros da N95 conseguem conter, equivalente a 300 nanômetros, portanto a máscara não garante total proteção.
Como funciona?
A pesquisa liderada por Muhammad Mustafa Hussain criou a membrana a partir de películas poliméricas furadas com buracos que variam de 5 a 55 nanômetros, ou seja, mil vezes menor do que um centímetro.
Esse material é destacável, como uma fita, e pode ser colocado em cima do filtro da máscara. Para garantir que o material permitiria a respiração o profissional da saúde, eles mediram o fluxo de ar pela membrana, o que atestou positivo.
Pesquisas relacionadas ao aumento de vida da máscara N95 com o filtro aplicado ainda não foram numeradas, mas, a membrana é hidrofóbica, ou seja, ela consegue se autolimpar, pois o material não absorve as gotículas de água que contém a covid-19 e outros materiais.
"O modelo flexível pode ser utilizado em uma máscara reutilizável para aumentar a eficiência do filtro contra partículas menores do qe 300 nanômetros, como a covid-19. Além disso, a reutilização da N95 contribui para a melhora na distribuição e escassez do dispositivo", destaca a publicação.
*Estagiário do R7 sob subpervisão de Deborah Giannini
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