Vídeo deslumbrante da Nasa mostra o céu visto da Terra nos últimos 12 anos

As fotos foram captadas pelo telescópio Neowise enquanto realiza voltas ao redor do Sol

10/11/2022 - 02h00 (Atualizado em 19/02/2024 - 21h11)

O telescópio Neowise, da Nasa, conseguiu registrar diversas fotos de todo o céu como visto da Terra, ao longo dos últimos 12 anos. A cada seis meses, o dispositivo tirou inúmeras fotos, permitindo que os cientistas criassem um vídeo em time-lapse do céu.

O Neowise (Explorador de Pesquisa Infravermelho de Campo Amplo de Objetos Próximos à Terra, em tradução livre) está ativo desde 2009, quando foi lançado com a missão de "caçar" asteroides e cometas, inclusive aqueles que cercam o planeta Terra e podem ser um perigo para nós.

De seis em seis meses, o telescópio completa meia volta ao redor do Sol, enquanto tira fotos em diversas direções, registrando várias partes do Universo.

Cada "mapa" do céu exibe diversos objetos pelo espaço, mas os mapas juntos permitem que os cientistas possam fazer uma comparação e analisar possíveis mudanças de posição e de brilho, o que é chamado de "astronomia no domínio do tempo" — estudo de como os objetos mudam ao longo do tempo.

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Os cientistas juntaram 18 mapas obtidos pelo Neowise para criar o vídeo que mostra as mudanças ao longo dos últimos 12 anos (ou seja, desde 2010).

“Se você sair e olhar para o céu de noite, pode parecer que nada muda, mas esse não é o caso. As estrelas estão brilhando e explodindo. Os asteroides estão passando. Buracos negros estão destruindo estrelas. O universo é um lugar muito ocupado e ativo”, explica Amy Mainzer, investigadora principal do Neowise, da Universidade do Arizona em Tucson. para o site da Nasa.

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No geral, diversos fênomenos que estão acontecendo no espaço não podem ser vistos a olho nu, mas a tecnologia do telescópio permite que sejam captados. Isso acontece porque o Neowise consegue receber a luz infravermelha que é irradiada por uma infinidade de objetos cósmicos.

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Analisando a parte externa da Via Láctea, o telescópio Spitzer registrou a Nebulosa "Jack-o’-Lantern", que nada mais é que uma nuvem de gás e poeira. Os especialistas acreditam que a nuvem foi formada por fortes fluxos de radiação e partículas de uma estrela massiva, 15 ou 20 vezes mais pesada que o Sol

A imagem acima mostra duas das galáxias do trio galáctico Arp 248, também conhecido como Wild's Triplet ("Trigêmeos Selvagens", em português), que fica a cerca de 200 anos-luz da Terra na constelação de Virgem. As duas grandes galáxias em espiral parecem se juntar por uma ponte luminosa que, na verdade, é um fluxo alongado de estrelas e poeira interestelar, conhecido como cauda de maré. Essa cauda é formada por causa da atração gravitacional entre as duas galáxias

A foto capturada pelo satélite Copernicus Sentinel-2 mostra a paisagem complexa e diversificada que cerca a Baía de Nushagak, no Alasca. Com cores reais, é possível ver o ambiente de transição entre o rio e o mar que cobre mais de 100km². O rio Nushagak (canto superior direito), que se inicia na Cordilheira do Alasca, é responsável por alimentar a baía

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A grande rachadura conhecida como Halloween, foi vista pela primeira vez em 31 de outubro de 2016, na Antártica. Acima é possível ver o registro mais recente dela, feito pelo satélite Copernicus Sentinel-2. A fenda fica em uma área conhecida como "McDonald Ice Rumples", que é onde uma camada de gelo flutuante está presa no fundo do oceano. Com isso, o ponto de fixação retarda o fluxo de gelo e não deixa a rachadura se extinguir

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