Dilma Rousseff reuniu todos os ministros na Granja do Torto
Roberto Stuckert Filho/27.01.2015/PR
Durante a primeira reunião ministerial do segundo mandato de Dilma Rousseff, realizada nesta terça-feira (27) em Brasília, a presidente anunciou que vai enviar aos parlamentares, no próximo mês, propostas de lei mais severas de combate a práticas de corrupção. Lembrando que firmou esse compromisso ainda durante a campanha eleitoral, Dilma afirmou que assim que o Congresso retomar os trabalhos, o Executivo vai encaminhar cinco novos projetos.
Transformar caixa dois de campanha em crime eleitoral e apressar o julgamento de processo que envolvam pessoas protegidas por foro privilegiado estão entre as propostas. Dilma também vai propor uma lei para punir agentes públicos que enriquecem sem apresentar provas de seus ganhos e outra para confiscar os bens adquiridos de forma ilícita. Além disso, a presidente quer acelerar o trâmite de processos que envolvam desvio de dinheiro público.
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Aos ministros, Dilma pediu a colaboração para que os próximos quatro anos de seu mandato sejam marcados por uma postura íntegra dos integrantes do governo.
— Os brasileiros e as brasileiras esperam de nós um comportamento íntegro. Seremos, em cada um dos dias desse novo mandato, gestores públicos absolutamente comprometidos com a austeridade e a probidade. Vamos honrar cada cidadão e cada cidadã com uma gestão exemplar, que executa com celeridade e eficiência as políticas que vão manter o Brasil na trilha do desenvolvimento.
Petrobras
Ao falar sobre corrupção, a presidente Dilma voltou a defender a Petrobras e reafirmou que quer punição dos corruptos, mas sem a destruição da empresa. Segundo ela, a petroleira é a empresa que mais investe no Brasil e precisa ser preservada, independentemente dos desvios de dinheiro dentro da estatal.
Dilma garantiu ainda a independência e livre atuação da Polícia Federal e do Ministério Público para que todas as irregularidades sejam identificadas e coibidas.
— Temos que saber apurar, temos que saber punir. Isso tudo sem enfraquecer a Petrobras, nem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro do país. Temos que continuar apostando na melhoria da governança da Petrobras, aliás, de todas as empresas privadas e das empresas públicas em especial.
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Reforma política
A presidente também voltou a insistir na defesa da reforma política e afirmou, no discurso de abertura da reunião ministerial, que vai dedicar este primeiro semestre de seu governo para debater as propostas de mudanças com a população.
Neste sentido, ela pediu que os ministros estejam atentos às demandas de todas as esferas da sociedade, inclusive de movimentos sociais, para que o governo possa trabalhar de acordo com as necessidades do povo.
— Espero de cada um e de cada uma das ministras e dos ministros muito diálogo com o Congresso, com governadores, com os prefeitos e com os movimentos sociais, tal como eu mesma farei. Devemos buscar, por meio do diálogo e da negociação, estabelecer os consensos necessários e os caminhos que produzirão as mudanças de que o País precisa.