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Marina: envolver Campos em esquema de corrupção na Petrobras é "ilação"

Após acordo de delação premiada, ex-diretor da estatal denunciou políticos ligados a governo

Brasil|

Marina Silva cumpriu hoje agenda de campanha em Brumado, na Bahia
Marina Silva cumpriu hoje agenda de campanha em Brumado, na Bahia Marina Silva cumpriu hoje agenda de campanha em Brumado, na Bahia

Durante agenda de campanha em Brumado (BA), a 555 quilômetros de Salvador, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, classificou como "ilação" a citação do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em 13 de agosto, nas delações premiadas feitas pelo ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Sem se aprofundar no tema, Marina afirmou que "o fato de haver um investimento da Petrobras em seu Estado [Pernambuco] não dá o direito, a quem quer que seja, de colocá-lo [Campos] na lista dos que cometeram irregularidades" na empresa.

— Neste momento, todo o Brasil aguarda as investigações dos desmandos da Petrobras, que estão ameaçando o futuro da empresa e o futuro do pré-sal.

Segundo reportagem publicada pela revista Veja neste final de semana, Costa teria revelado à PF (Polícia Federal) os nomes de 32 parlamentares, três governadores e um ministro de Estado que participariam de um esquema de propina na maior empresa do País.

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Segundo os depoimentos, os responsáveis pelo esquema exigiam uma contrapartida de empreiteiras que queriam fechar negócio com a Petrobras. Essas empresas tinham de reverter parte dos lucros aos cofres da estatal. Depois de lavado por doleiros, o dinheiro era repassado a políticos da base do governo.

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Segundo Marina Silva, "o governo tem de explicar a má governança que ele fez na Petrobras, levando essa empresa, que sempre foi exitosa e respeitada dentro e fora do Brasil, a quase uma total falência".

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Marina ainda aproveitou para ironizar os recentes ataques que têm recebido por parte da campanha da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), que critica a suposta falta de prioridade que o programa de governo de Marina dá à exploração de petróleo e que levanta a suspeita de futura privatização da empresa.

"Quem está ameaçando o pré-sal não somos nós, nós vamos manter a exploração no pré-sal e usar os recursos para a saúde e para a educação, para que a gente tenha conhecimento, ciência, tecnologia, informação, para ajudar a melhorar o futuro do Brasil", disse.

— Quem ameaça o pré-sal é a corrupção que está assolando a Petrobras.

O candidato a vice-presidente na chapa de Marina, Beto Albuquerque, também defendeu Campos das acusações.

— Repudio as ilações e a vilania que estão tentando fazer contra Eduardo Campos depois que ele morreu. Quando ele estava vivo, não tinham coragem de enfrentá-lo. Agora, começam a levantar acusações, como se ele pudesse se defender.

Operação Lava Jato

Paulo Roberto Costa foi preso em março deste ano durante a operação Lava Jato, da PF, sob acusação de participar de um esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef.

Diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras entre 2004 e 2012, ele fechou um acordo com a PF de delação premiada — quando o réu revela denúncias em troca de redução da pena. Os depoimentos aos agentes federais acontecem desde a semana passada, em Curitiba, onde ele está preso.

O número de beneficiários do esquema varia de acordo com a fonte. Nesta sexta-feira (5), o jornal O Estado de S.Paulo informou que pelo menos 32 parlamentares foram citados por Costa. De acordo com a Folha de S.Paulo, contudo, o número de deputados envolvidos seria de 45, além de outros 12 senadores.

Entre os nomes mencionados pelo ex-diretor, cujos depoimentos já contam mais de 40 horas, estariam os atuais presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), e dos senadores Ciro Nogueira (PI), que é presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR), ex-líder de governo.

Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão, Sérgio Cabral Filho (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco, morto no dia 13 de agosto, também foram citados por Costa como beneficiários do esquema. 

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