Renan defende Dilma e diz que discussão sobre impeachment não resolverá crise econômica
Presidente do Senado afirmou que problemas continuarão a existir após o término do governo
Brasil|Bruno Lima, do R7, em Brasília
O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff, nesta terça-feira (11), no plenário da Casa. Calheiros anunciou que faria um comunicado ao colegiado e explicou o conjunto de propostas apresentadas ao governo como soluções para enfrentar a crise.
Durante o discurso, ele ressaltou que o governo é passageiro e que é função do Congresso Nacional ajudar o País a reverter o atual cenário. O senador disse que acha “recomendável separar as crises” política econômica.
— Precisamos encontrar saídas para a economia e, a partir daí, resolver a crise política para o Brasil e finalmente respirar os ventos da tranquilidade.
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Calheiros disse que “o governo Dilma não é o Brasil” e que “discutir o impeachment todos os dias não resolve a crise econômica”.
— Nós estamos atacando os problemas nacionais que continuarão a existir durante e depois do governo Dilma. O governo Dilma, como se sabe, tem data para acabar e o Brasil vai continuar existindo.
Nesta segunda-feira (10), Calheiros entregou ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, um pacote com 28 propostas para reaquecer a economia. Entre as medidas estão pontos polêmicos como a regulamentação dos trabalhadores terceirizados, cobrar dos mais ricos atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde) e ampliar a idade mínima para aposentadoria.
Senadores da oposição se mostraram favoráveis às propostas. O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), disse que vê as medidas com “bons olhos”, mas que é necessária uma discussão mais aprofundada sobre cada ponto.
— Nós não somos contra o Brasil, nó somos contra uma série de medidas econômicas equivocadas que o governo adotou ao longo do tempo e que empurrou o Brasil para a crise.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) adiantou que os partidos de oposição deverão apresentar novos pontos que devem ser incluídos na lista de sugestões. Ele defendeu a redução dos gastos públicos e da dívida pública.
— Obviamente a oposição quer colaborar com propostas que signifiquem saídas para a crise, sinais de recuperação para a economia.
Calheiros informou que se encontra com o Levy nesta quarta-feira (12), às 16h, na Presidência do Senado para receber um posicionamento do governo sobre as medidas apresentadas.