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Senado aprova PEC do teto dos gastos

O texto-base da proposta foi aprovado, em segunda votação, por 53 votos a favor

Brasil|Do R7, com Estadão Conteúdo

PEC foi aprovada por 53 votos a favor na tarde desta terça-feira
PEC foi aprovada por 53 votos a favor na tarde desta terça-feira PEC foi aprovada por 53 votos a favor na tarde desta terça-feira

O Senado aprovou, na tarde desta terça-feira (13), a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 55/2016, que limita o teto dos gastos públicos para os próximos 20 anos. O texto-base da proposta foi aprovado por 53 votos a favor e 16 contra.

Agora, com as aprovações em dois turnos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, os senadores ainda devem analisar os destaques da matéria antes que o siga para sanção do presidente Michel Temer.

Após aprovarem, em segundo turno, o texto-base, os senadores começaram a analisar destaques apresentados na sessão e vão debater alteração no texto. A PEC já havia sido aprovada em dois turnos no Plenário da Câmara dos Deputados com ampla margem de vantagem.

O placar desta terça foi inferior à votação em primeiro turno no Senado, quando 61 foram favoráveis e 14 contrários — o mesmo placar a favor obtido pela base do atual governo no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

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Eram necessários 48 votos pela aprovação da PEC, e o governo esperava pelo menos 60 votos favoráveis à medida. Mas o quórum no Plenário do Senado nesta terça foi menor. Além disso, a oposição conseguiu dois votos a mais do que na primeira votação. Assim, a diferença caiu de 47 para 37 votos entre as duas votações.

Antes da votação, 13 senadores debateram a PEC na tribuna do Plenário, sete a favor do texto e seis contrários. Os parlamentares da base do governo defenderam a necessidade de se realizar um ajuste nas contas públicas e acusaram os governos do PT de realizarem um "aparelhamento do Estado".

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O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), rebateu a tese de que PEC do Teto cortaria os orçamentos da Saúde e da Educação, e argumentou que a medida na verdade cria um piso para os gastos nessas áreas. "Não há mais espaço para discursos bolivarianos que levarão o Brasil ao caos", completou.

Já os senadores da oposição citaram as citações a membros do governo Temer nas delações de executivos da Odebrecht e pediram o adiamento da votação da PEC do Teto. Muitos deles ainda pediram a votação de uma PEC por Eleições Diretas para a escolha de um novo presidente da República.

"É mesmo surreal — pela crise política que vivemos no País - estarmos aqui discutindo uma matéria como a PEC do Teto. Vossas Excelências não leram os jornais", questionou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

A oposição chegou a pedir na segunda-feira à noite ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a votação da PEC do Teto fosse suspensa, mas o ministro Luís Roberto Barroso negou o pleito. Um dos argumentos era de que seriam necessárias três sessões deliberativas ordinárias do Senado, mas houve duas sessões extraordinárias e apenas uma ordinária. Esse havia sido o terceiro pedido de mandado de segurança contra a PEC, e todos foram negados pelo Supremo.

De acordo com a PEC, as despesas da União só vão aumentar conforme a inflação do ano anterior e a inflação servirá de base para os gastos. Nos outros anos da medida, o teto vai corresponder ao limite do ano anterior corrigido pela inflação.

Se um dos três poderes não cumprir com o limite, vai sofrer sanções no ano seguinte e, se um deles ultrapassar o teto, outro poder vai precisar compensar. Além disso, os gastos com saúde e educação só vão ser parte no teto a partir de 2018.

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