CPI dos atos extremistas ouve o coronel da PM Jorge Naime nesta quinta
Chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar, responsável pelo policiamento em protestos, estava de folga no dia 8 de janeiro
Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal que investiga os atos extremistas de 8 de janeiro, em Brasília, vai ouvir nesta quinta-feira (16) o coronel da Polícia Militar do DF Jorge Eduardo Naime, que está preso por suspeita de omissão.
Ele era chefe do Departamento Operacional da corporação, responsável pelo policiamento durante os protestos que resultaram na invasão e na depredação dos prédios dos Três Poderes, mas estava de folga no dia da manifestação.
O depoimento de Naime é um dos mais aguardados pelos parlamentares, fica atrás somente da oitiva do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, que também está preso.
O depoimento do ex-chefe do Departamento Operacional da PM entrou na pauta desta quinta no lugar do de Torres. Parlamentares pretendiam ouvi-lo, mas o ex-secretário tem um depoimento marcado no Tribunal Superior Eleitoral, às 10h, o mesmo horário da CPI. A possível ida do ex-secretário ficou agendada para 23 de março, mas não está confirmado se ele comparecerá.
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Além do depoimento de Naime, está previsto o do coronel da PM Marcelo Casimiro, que estava à frente do 1° Comando de Policiamento Regional, que inclui o batalhão responsável pela área central de Brasília.
Quebra de sigilos
Além de ouvir os depoimentos dos policiais militares, os parlamentares votarão 10 requerimentos de quebra de sigilos de suspeitos de participarem dos atos de vandalismo.
Há também um pedido ao Comando da PM para prestar informações sobre quem seria o policial à frente do Departamento Operacional "no momento que se tomou conhecimento da manifestação do dia 8 de janeiro". O autor da solicitação é o deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP).