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R7 Brasília

CPI do MST atinge número mínimo de assinaturas e é protocolada na Câmara

Pedido conseguiu reunir o apoio de 172 deputados; o requerimento é de autoria de Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS)

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília


Integrantes do MST durante reintegração de posse em fazenda da Suzano invadida na Bahia
Integrantes do MST durante reintegração de posse em fazenda da Suzano invadida na Bahia

O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as recentes invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi protocolado, na noite desta quarta-feira (15), na Câmara dos Deputados. O requerimento ultrapassou o número mínimo de assinaturas — 171 — e chegou a 172 nomes. 

"Agora, buscaremos o diálogo com o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), para que possamos iniciar os trabalhos no menor espaço de tempo possível. Precisamos investigar com todo o rigor quem está financiando o terror no campo", afirmou o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), autor do pedido de abertura.

Para reunir as assinaturas, Zucco contou com o apoio dos deputados Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Ricardo Salles (PL-SP), além da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), presidida pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR). De acordo com o requerimento de criação, a CPI do MST seria composta de 27 titulares e 27 suplentes, com prazo de até 120 dias.

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Zucco apresentou o requerimento na terça-feira (7) da semana passada. Na ocasião, o MST informou ao R7 que não acreditava que a criação da CPI fosse se concretizar. "O Brasil precisa de políticas públicas para acabar com a fome e produzir alimentos saudáveis para o povo. A terra e a moradia são direitos dos trabalhadores, que têm o direito de lutar para conquistar melhores condições de vida e pressionar para que o governo cumpra seu papel", escreveu, em nota, a assessoria de imprensa do movimento.


Outra comissão sobre o MST

Em 2009, durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deputados e senadores aprovaram a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar repasses federais a entidades ligadas ao MST.

O relatório final da CPMI foi apresentado em julho de 2010 e era de autoria de Jilmar Tatto (PT-SP), que, à época deputado federal, era o relator da comissão. O texto mostrou não haver indícios de irregularidade nos convênios analisados.


A CPMI foi criada por um requerimento da então senadora Kátia Abreu (PP-TO). Ela era composta de 33 senadores (18 titulares e 15 suplentes) e 36 deputados federais (18 titulares e 18 suplentes).

Invasões recentes

Três fazendas da empresa de papel e celulose Suzano foram invadidas pelo MST na semana passada, nos municípios baianos de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas. Cerca de 1.700 integrantes do movimento participaram dos atos. Uma das justificativas apresentadas para as invasões seria o descumprimento, por parte da Suzano, de um acordo firmado em 2011 sobre o assentamento de famílias.

Os manifestantes foram retirados dos locais invadidos no dia 7 de março. De acordo com o próprio MST, a reintegração ocorreu de forma pacífica e foi acompanhada por profissionais de assistência social, policiais militares e seguranças da Suzano. Após o despejo, os militantes seguiram para acampamentos vizinhos.

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