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Nomeação de Carlos Viana à liderança do governo não sai e cargo segue vago

Nome do senador Alexandre Silveira voltou a ser citado como uma possibilidade, mas conversas ainda não ocorreram

Brasília|Plínio Aguiar e Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Senador Carlos Viana (PL-MG)
Senador Carlos Viana (PL-MG) Senador Carlos Viana (PL-MG)

A nomeação do senador Carlos Viana (PL-MG)  não saiu e a vaga para líder do governo no Senado segue em aberto. A definição havia sido anunciada no começo de abril, dias depois de o senador deixar o MDB, se filiar ao PL e ser lançado como pré-candidato ao governo de Minas Gerais.

"Já que eu estou exercendo [informalmente] há dois meses, vamos trabalhar. Agora é esperar a publicação", disse ao R7 na ocasião. Mesmo quando Viana disse que havia conversado com o presidente Jair Bolsonaro e que a questão estava decidida, senadores da base afirmavam que ainda não tinham a confirmação de que o senador seria o líder. A nomeação precisa ser publicada no Diário Oficial para ser oficializada.

Viana é vice-líder do governo no Senado, e em muitas votações, atuava junto com Eduardo Gomes (PL-TO), líder do governo no Congresso e vice-líder no Senado, articulando as vontade do governo. Foi assim na votação dos projetos relativos a combustíveis, por exemplo.

Como a nomeação não saiu, Viana já deixou a questão de lado. Disse a interlocutores que não irá brigar pela questão. Nos bastidores, o que se diz é que outros nomes voltaram a surgir e o Palácio do Planalto resolveu não consolidar Viana.

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Um desses nomes é o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), que assumiu a cadeira deixada pelo senador Anastia, depois que este foi nomeado a ministro do Tribunal de Contas na União (TCU). Interlocutores próximos ao senador dizem que a questão não pode ser descartada, mas que não houve nenhum tipo de conversa recente com figuras do governo sobre ocupar a liderança.

Depois que Fernando Bezerra (MDBB-PE) deixou o cargo, em dezembro do ano passado, Silveira chegou a ser anunciado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro. Na época, ele ainda não havia assumido o cargo deixado por Antonio Anastasia e disse, oficialmente, que não poderia avaliar o convite "por não estar investido do cargo de senador". Depois disso, como divulgado pelo R7, ele recusou formalmente o pedido e comunicou a decisão aos colegas de bancada.

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Além da questão partidária, quando há indefinição se o PSD estará com Bolsonaro ou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano, o principal entrave era o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na época, ele ainda era pré-candidato à Presidência da República. Sendo amigos e aliados, Silveira não poderia abraçar o governo enquanto Pacheco se propunha a disputar a Presidência contra Bolsonaro.

Depois que Pacheco deixou a pré-candidatura, o nome de Silveira, inclusive, voltou a ser ventilado. Mas logo em seguida Viana foi anunciado. Agora, a situação voltou a ser falada diante da possibilidade de o PT não fechar apoio com o PSD devido ao impasse na candidatura ao Senado em Minas Gerais. Silveira quer ser candidato à reeleição e o PT quer lançar o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). O problema é: neste ano, há apenas uma vaga ao Senado em cada estado.

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Governo sem líder

O governo está sem líder do governo no Senado há quase cinco meses. De uma forma geral, os senadores entendem que a vaga é problemática para se assumir em um ano eleitoral, quando o governo chega ao fim do mandato. Nomes de aliados como Marcos Rogério (PL-RO) e Jorginho Mello (PL-SC) eram citados, mas ambos estão ocupados com as eleições em seus estados.

Soma-se a isso o fato de os parlamentares estarem em campanha, ajudando correligionários nos estados ou articulando as próprias candidaturas.

Fernando Bezerra saiu do cargo depois de sofrer derrota esmagadora na eleição do Senado durante a escolha do novo ministro do TCU. Ele não teve apoio do governo e levou apenas sete votos, enquanto o vencedor, Antonio Anastasia, teve 52.

Em 16 de dezembro, ao R7, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que o presidente deveria escolher um novo líder ainda no fim do ano passado, algo que não se concretizou. "Na minha opinião, tem que decidir logo, para o líder ter tempo de trabalhar e reorganizar a base aqui. Na minha opinião, tinha que decidir hoje", afirmou.

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