Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Relatório da CPI da Chapecoense responsabiliza cinco empresas

Documento final da investigação sobre o acidente aéreo ainda sofrerá modificações, já que o colegiado funcionará até 11 de junho

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Avião que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia
Avião que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia Avião que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia

Apresentado nesta quarta-feira (18), o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Chapecoense no Senado concluiu que cinco empresas tiveram participação direta na emissão de uma apólice de seguro supostamente fraudada. A consequência foi o não pagamento de reparação para sobreviventes e familiares de vítimas do acidente aéreo que vitimou a Associação Chapecoense de Futebol em novembro de 2016.

De acordo com o documento, as empresas são as bolivianas LaMia Corporation, Bisa Seguros, Aon UK, Grupo Estratégica, e a Tokio Marine Kiln Limited, que tem sede no Reino Unido.

Seis sobreviventes e familiares dos 71 passageiros mortos no voo CP 2933, da companhia aérea LaMi, lutam na Justiça para receber o pagamento do seguro da tragédia que pôs fim ao sonho de esportistas de disputarem a final de seu primeiro torneio internacional. Segundo o relatório, a LaMia contratou o seguro com a Bisa e a segunda empresa recontratou o serviço da Tokio Marine Kiln Limited. Já a Aon UK e a Grupo Estratégica são as corretoras que representaram a LaMia e a Bisa no caso.

O relator, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), destacou a necessidade de indenizar vítimas e familiares e identificar irregularidades penais e administrativas das empresas envolvidas. Segundo o texto, é importante fazer com que a Tokio Marine Kiln Limited e a corretora Aon UK Limited garantam a cobertura do seguro e a "justa indenização das vítimas e dos familiares".

Publicidade

Leia também

Outro ponto apontado no relatório é a importância de "aperfeiçoar as normas e os protocolos operacionais de contratações de empresas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), para que o problema com as seguradoras não volte a se repetir".

Segundo consta no documento, "a companhia aérea LaMia SRL, empresa completamente descapitalizada e desestruturada, adentrou o mercado de futebol sul-americano, em especial o brasileiro, e transportou diversas equipes de futebol, incluídas as seleções de alguns países, sem que houvesse qualquer tipo de crivo por parte das entidades responsáveis pelos campeonatos".

Publicidade

O acidente

O avião que transportava o time caiu pouco antes do pouso, por falta de combustível. Seis pessoas sobreviveram e outras 71 morreram na queda, sendo 68 brasileiras. O time disputaria a final de seu primeiro torneio internacional, contra o Atlético Nacional, de Medellín, segunda maior cidade da Colômbia.

De acordo com o senador Izalci, o texto do relatório ainda poderá sofrer modificações, já que o colegiado pretende estender os trabalhos até 11 de julho. A prorrogação acontece para que os parlamentares ouçam outros envolvidos.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.