Série especial Sublime adiciona itens cromados e rodas exclusivas ao Fiat Grand Siena Essence
Eduardo Enomoto/R7
A nova geração do Fiat Siena cresceu em todos os aspectos. Além de estar maior (9 cm só de entre-eixos), o sedã ganhou um "Grand" no nome e visual mais requintado. As melhorias agradaram, e a marca reforçou a pegada mais requintada do Grand Siena com a série especial Sublime, avaliada por R7 Carros.
Custando R$ 48.896, o modelo tem como base o Grand Siena 1.6 Essence, que custa R$ 44.230. Além dos itens de série da versão (ar-condicionado, direção hidráulica, ABS, airbag duplo, travas e vidros dianteiros elétricos), o pacote Sublime adiciona rádio com bluetooth e comandos no volante, retrovisores e vidros elétricos traseiros, bancos parcialmente em couro, rodas de liga-leve de 16 polegadas e duas cores: Preto Vulcano ou Branco Kalahari.
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Carro caro
O kit de personalização também influencia no visual do Grand Siena. Além da inscrição "Sublime" nas portas, há frisos cromados, grade do radiador e faróis na cor cinza metalizada. O impacto no público em geral é instantâneo: "Parece um sedã de luxo" é uma frase que o motorista do modelo ouvirá frequentemente.
Os bancos forrados parcialmente com um couro marrom ajudam o modelo a ter um "quê" de luxo. Mas o principal fator é que o Grand Siena é, literalmente, grande: são 4,29 cm de comprimento (14 cm a mais do que o antigo Siena, ainda vendido na versão EL) e 2,51 m de entre-eixos. Não é um Renault Logan ou Chevrolet Cobalt, mas chega perto.
Fôlego paranaense
Para superar os rivais esticados, o Fiat Grand Siena aposta no maior requinte e desempenho superior: seu motor 1.6 16V feito em Campo Largo (PR) gera até 117 cv com etanol e é um dos poucos a ter comando de válvulas variável.
O mecanismo é baseado em uma polia variável, solução mais barata, porém menos refinada. A diferença se mostra no trânsito urbano: ainda que o Grand Siena aceite rotações mais baixas, todo seu desempenho só é entregue acima das 3.500 rpm. Nessas circunstâncias o consumo com etanol é bom: 8,4 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada
Nessa situação o sedã enfrenta bem tanto o trânsito urbano como rodoviário. O câmbio manual tem engates precisos, mas mantém a sensação de que a marcha "não entrou" típica de outros modelos da Fiat. Opcionalmente há o automatizado Dualogic.
Famílias exigentes
Ainda que não seja tão refinado como o Ford Fiesta Sedan ou o Hyundai HB20S, o Grand Siena atende os anseios dos maiores interessados em um sedã compacto: os passageiros que vão atrás. Com entre-eixos cinco centímetros maior do que o vice-líder VW Voyage, o sedã da Fiat atende bem a dois adultos no banco traseiro. O quinto ocupante, apesar de ter encosto de cabeça, é negligenciado com cinto de segurança apenas subabdominal e pouco espaço para os ombros.
O espaço adicional que falta na cabine sobra no porta-malas. Seguindo a tendência do segmento, o sedã teve o compartimento ampliado para ótimos 520 litros de volume sem abrir mão do requinte: a abertura é elétrica, através do logotipo na tampa.
Razão com pitada de luxo
O Grand Siena está longe de ter o requinte de um sedã médio: razoável, o acabamento da cabine peca em pequenas rebarbas e componentes longe do campo visual do motorista, como a tampa do porta-luvas. Faltam ar-condicionado digital (que estreou no segmento com o Logan) e sistema GPS — este com lançamento confirmado em breve para o modelo. Em contrapartida há a opção de teto-solar e airbag lateral, únicos da categoria.
E nesta balança entre o racional e emocional, o Grand Siena Sublime se mantém no equilíbrio, superando modelos tão diferentes como o sóbrio Voyage e o espalhafatoso Versa. Sua maior dor de cabeça, agora, será o novo Logan, que repetiu a receita do Grand Siena e deverá dar trabalho ao modelo nas revendas.