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Com ajuda da internet, polícia identifica 40 pessoas por briga em jogo em Joinville

E-mail e redes sociais estão sendo consideradas fundamentais para o trabalho

Cidades|Thiago de Araújo, do R7

Briga entre torcedores segue sendo investigada pela polícia de SC
Briga entre torcedores segue sendo investigada pela polícia de SC Briga entre torcedores segue sendo investigada pela polícia de SC

Pelo menos 40 pessoas envolvidas na briga do último domingo (8) na Arena Joinville, em Santa Catarina, durante o jogo entre Atlético-PR e Vasco, já foram identificadas. A informação foi repassada ao R7 na manhã desta sexta-feira (13) pelo delegado Dirceu Silveira, da Polícia Civil catarinense. O número pode subir nos próximos dias. De acordo com ele, a internet tem tido um papel “fundamental” até aqui.

— A cooperação das redes sociais, nós criamos um e-mail aqui [denunciajogojoiville@pc.sc.gov.br] no qual, só por esse e-mail, nós temos mais de uma centena de denúncias. Então as redes sociais, o e-mail que criamos, a participação das Polícias Civis do Paraná e do Rio de Janeiro, o envolvimento desses diferentes segmentos e origens tem sido fundamental para que a gente consiga, com maior propriedade e celeridade, identificarmos e qualificarmos o maior número de pessoas que tiveram participação naquele incidente.

Das 40 pessoas identificadas, 20 delas já foram qualificadas, o que significa que a polícia já possui o nome completo e outras informações adicionais. As demais ainda só estão identificadas, em sua maioria, por apelidos, mas com a cooperação entre os três Estados, a expectativa é de que mais pessoas sejam identificadas para, ao final do inquérito, serem denunciadas ou não por condutas criminosas no estádio.

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Três torcedores presos em flagrante por participação na briga continuam presos em Joinville de maneira preventiva. Com a identificação de mais participantes no tumulto, a polícia pode pedir que eles sejam presos nos seus Estados de origem, mas esse ainda não é o foco do trabalho da polícia catarinense, segundo Silveira.

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— As outras questões relativas às medidas cautelares dependem de análise de dados que estamos recebendo, para que se possa se eventualmente estudar qualquer outra possibilidade.

Além da prioridade dada ao trabalho de identificação de envolvidos, a polícia aguarda laudos periciais feitos na Arena Joinville, a evolução de algumas diligências em andamento e a intimação de todas as partes envolvidas, incluindo as pessoas identificadas por participação na briga, quanto os representantes de Atlético-PR e Vasco, além do MP (Ministério Público) e a PM (Polícia Militar) locais. Todos devem ser ouvidos nos próximos dias.

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Segundo Silveira, a meta é terminar o trabalho de investigação o quanto antes, o que o faz descartar, nesse momento, uma possível prorrogação do inquérito para mais do que os tradicionais 30 dias de apuração dos fatos.

— Não é a nossa intenção. Temos prazo regular de 30 dias para conclusão do inquérito, e queremos que a sua tramitação pela fase de delegacia de polícia tenha a maior celeridade possível, diante da prioridade e relevância do assunto.

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E para aqueles que acham que o caso não resultará em punições aos que forem identificados como responsáveis pela briga, o delegado catarinense manda um recado.

— A Polícia Civil de Santa Catarina, especificamente de Joinville, está tratando esse assunto com o maior rigor possível. Temos a intenção de fazer, respeitando as formalidades legais e a legislação existente, que esse assunto não se transforme em uma denúncia vazia. Faremos com que ele seja efetivamente apurado e penalizado o maior número de pessoas envolvidas naquele evento. Não vamos, em hipótese alguma, que esse episódio se transforme algo impune, com a sensação de que não há Justiça.

Silveira completa:

— Vamos pedagogicamente fazer um exemplo para todos que vão a um estádio e que aquilo é apenas um evento esportivo, não uma arena de gladiadores, para se resolver frustrações de ordem pessoal. Não se pode admitir isso. E as torcidas organizadas que me desculpem, elas estão exemplificando essa situação aqui em Joinville, deixaram isso se transformar em uma disputa para ver quem é mais homem.

O caso

Válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro, o jogo entre Atlético-PR e Vasco valia muito para os dois times. Enquanto os paranaenses buscavam a vitória para chegar a uma vaga na Taça Libertadores do próximo ano, os cariocas precisavam da vitória para escapar do rebaixamento para a Série B. Dentro de campo, o Furacão levou a melhor e bateu a equipe de São Januário por 5 a 1.

Fora dele, ainda durante o primeiro tempo, uma briga generalizada transformou as arquibancadas da Arena Joinville em uma batalha campal. Tudo teria começado com a tentativa de torcedores do Vasco em invadir a área da torcida rubro-negra. Sem PMs no estádio – por uma normativa do MP de Joinville, que considera que a polícia não teve tomar parte em “eventos particulares” –, os seguranças particulares do Atlético-PR não conseguiram conter o tumulto.

Oficialmente, quatro pessoas ficaram feridas. Uma delas continua internada e o seu estado de saúde é estável. De acordo com o delegado Douglas Roberto Cinque, de Joinville, o número de eventuais feridos pode ser maior, o que será conhecido tão logo elas sejam intimadas e prestem depoimentos à polícia.

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