Em imagens exclusivas, um dos homens que teria confessado envolvimentono estupro e morte da adolescente Tayna da Silva, de 14 anos, mostra as feridas provocadas pelo uso prologado das algemas. Os machucados seriam apenas um exemplo das torturas que ele e outros três homens dizem ter enfrentado desde a prisão. De acordo com o advogado de defesa, Roberto Rolim de Moura, eles foram torturados até confessarem o crime.
O caso veio à tona depois que exames mostraram que o sêmen encontrado nas roupas da adolescente não é dos suspeitos presos. A informação foi confirmada pela Secretária de Segurança Pública do Paraná, o que favorece a tese da defesa de que os envolvidos não são culpados.
Diante das denúncias de tortura, a Corregedoria da Polícia Civil abriu um procedimento para investigar o caso. Enquanto isso, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) vai pedir, na próxima semana, ao Procurador-Geral da República que a investigação da tortura saia do âmbito estadual e passe a ser de responsabilidade da Polícia Federal.
Além da suspeita de tortura, as causas da morte de Tayná ainda deixam dúvidas. O terceiro delegado que assume o caso começa a refazer as investigações.
Nesta quinta-feira (11), pai e filho, donos do parque onde trabalhavam os suspeitos, foram à delegacia, mas não prestaram depoimento. Eles vão passar por exame de DNA para comprovar se era de um deles o sêmen encontrado na roupa de Tayná. O caso segue em segredo de justiça.
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