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Deputados aprovam projeto de Alckmin que prevê venda de institutos de pesquisa

Quarenta e dois parlamentares e o presidente da Casa votaram a favor do projeto

São Paulo|

Texto final do projeto aprovado deve ser redigido pela CCJ da Assembleia
Texto final do projeto aprovado deve ser redigido pela CCJ da Assembleia Texto final do projeto aprovado deve ser redigido pela CCJ da Assembleia

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (30) o projeto de lei do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para a venda de 79 áreas públicas paulistas, 12 das quais de institutos de pesquisas agrícolas. Dos 62 deputados que se manifestaram, 42 parlamentares e o presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB), votaram sim e o restante optou por rejeitar a proposta. Os deputados aprovaram ainda, de maneira simbólica, uma emenda aglutinativa que retirou quatro áreas de centros de pesquisa, localizadas nas cidades de Gália, Piracicaba, Ribeirão Preto e Brotas.

O polêmico PL 328 foi protocolado em abril e, com a venda das áreas consideradas "inservíveis ou de pouca serventia", Alckmin estimava arrecadar até R$ 1,43 bilhão para o caixa do governo, R$ 1,2 bilhão apenas com a alienação das áreas agrícolas. Esse valor não deve ser atingido por causa das áreas retiradas, mas deve ser elevado, pois as de alguns institutos, como a do Centro de Engenharia e Automação (CEA), em Jundiaí, são altamente valorizadas.

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Um texto final do projeto aprovado deve ser redigido pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia e encaminhado para a sanção do governador. A aprovação decepcionou pesquisadores que estavam na sessão realizada na tarde de hoje. Os mesmos cientistas recorreram à Justiça quando o projeto foi protocolado e até conseguiram suspender a tramitação da proposta no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), mas o próprio Judiciário autorizou a retomada para a votação.

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No encaminhamento de votação, além das críticas de parlamentares da oposição, deputados citaram o artigo 11 do projeto, o qual prevê que o governador não peça autorização à Assembleia para a venda de qualquer imóvel público até 5 mil metros quadrados. "Esse artigo é um cheque em branco para que o governador faça alienação de outros imóveis sem que haja autorização", disse o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL). "Não é momento de vender; precisamos saber para onde vai o dinheiro, para depois pensar na alienação, que é cheque em branco", emendou Jorge Caruso (PMDB).

Já o deputado estadual Carlos Neder (PT), que liderou uma campanha contra a aprovação do projeto, afirmou que "o governo não investiu nos institutos de pesquisa, não modernizou". "Agora utiliza o discurso de que estão defasados e não dialoga com a sociedade como argumento para vendê-los". O parlamentar criticou ainda o deputado estadual Luiz Fernando Machado (PSDB), eleito prefeito de Jundiaí (SP), que prometeu na campanha tentar evitar a venda do centro de pesquisas na cidade e que não votou hoje. "Ele está nos Estados Unidos agora", criticou Neder.

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