Comitê do Banco Central (foto) decide hoje futuro dos juros básicos
Divulgação/Banco CentralO Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) anuncia nesta quarta-feira (16) a decisão sobre a taxa básica de juros, a Selic. Na quinta reunião do ano, o comitê formado pelos diretores e presidente do órgão, deve manter inalterados os juros básicos em 11% ao ano, mesmo com a pressão da inflação — que está acima do teto da meta do governo.
De acordo com o informativo semanal da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), com a atividade econômica em baixa e a inflação (no varejo) pressionada, o mercado não tem dúvidas de que o Copom vai optar pela manutenção da taxa Selic como está.
— É provável, inclusive, que o comunicado e ata também tragam poucas novidades, refletindo a posição de espera do BC para ver em que direção ele poderá se movimentar nos próximos meses. É possível imaginar que o quadro da atividade em recuo abriria espaço para algum afrouxamento da política monetária, mas para isso ocorrer é necessário que o comportamento da inflação aponte sinais claros e recuo, ampliando o raio de manobra da autoridade monetária.
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Para o diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira, os dados do cenário atual deveriam apontar para uma alta da taxa básica de juros.
— Entretanto, como o Banco Central já promoveu nove elevações seguidas da Selic, acreditamos que o mesmo vai agora manter a taxa inalterada, aguardando todos os efeitos que ainda se farão sentir nos próximos meses.
O coordenador do curso de Ciências Contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina), Reginaldo Gonçalves, afirma que “embora as expectativas da Copa do Mundo pudessem trazer algo de favorável, infelizmente no aspecto econômico auxiliou significativamente na redução da produção”.
— Os dias parados e feriados acabaram prejudicando ainda mais a produção da indústria, prejudicando a economia como um todo.
No bolso do brasileiro
Oliveira afirma que, mesmo que haja uma alta na taxa básica de juros, isso terá pouco impacto nas taxas de juros das operações de crédito do dia a dia do consumidor.
— Por conta da maior competição no sistema financeiro — após os bancos públicos reduzirem mais fortemente suas taxas de juros, é possível que algumas instituições financeiras possam manter inalteradas as suas taxas de juros das operações de crédito.
Segundo o representante da Anefac, é provável que os juros cobrados para o consumidor também não tenham mudanças, a não ser que, eventualmente, “por conta da piora no cenário econômico, a inadimplência venha a ser elevada, o que levaria as instituições financeiras a subirem suas taxas de juros mesmo em um ambiente de manutenção da Selic”.
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