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Bolsa de São Paulo interrompe negócios após queda de 10% 

O circuit breaker ocorre quando o índice atinge movimentos bruscos e é acionado para rebalancear as ordens de compra e de venda

Economia|Do R7

Última vez que isso ocorreu foi em maio de 2017
Última vez que isso ocorreu foi em maio de 2017

Após 30 minutos de paralisação, a Bolsa brasileira voltou a operar na manhã desta segunda-feira (9). A forte onda de aversão a risco que contamina os mercados internacionais, em decorrência das preocupações com o coronavírus e a crise no preço do petróleo, levaram a B3, administradora do pregão, a acionar o circuit breaker.

O circuit breaker ocorre quando o índice atinge movimentos bruscos e o mecanismo é acionado para rebalancear as ordens de compra e de venda.

A última vez que o sistema foi acionado foi em 18 de maio de 2017, no dia em que foi divulgada uma gravação em que o ex-presidente Michel Temer conversa com Joesley Batista.

O circuit breaker é acionado para evitar uma queda incontrolável na bolsa. Ocorre quando os negócios passam da marca de 10% de desvalorização. Após alguns minutos%2C pregão é reiniciado.

A Bolsa brasileira já começou o dia em queda. As ações ON da Petrobras já abriram com baixa de 21,11% e as PN com recuo de 20,76%. Às 10h30, o Ibovespa caía 10,02%, aos 88.178,33 pontos, e os negócios foram interrompidos.


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O dólar começou a semana batendo mais um recorde nominal - descontando a inflação - desde o Plano Real, atingindo a casa de R$ 4,79, na manhã desta segunda-feira, 9. De acordo com levantamento do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a moeda americana chegou a ser negociada por mais de R$ 5 nas casas de câmbio.

Para tentar conter a disparada do dólar, o Banco Central vendeu US$ 3 bilhões à vista das reservas internacionais. No início da manhã, o BC cancelou o leilão de US$ 1 bilhão que faria e aumentou o valor para US$ 3 bilhões. A decisão se deu por "condições do mercado", de acordo com a assessoria de imprensa do BC.


Às, 9h53, a moeda americana era cotada a R$ 4,7482, com aumento de 2,47%, depois de ter atingido a máxima de R$ 4,7927.

O dia é marcado por quedas em Bolsas ao redor do mundo por medo sobre o novo coronavírus e como consequência da disputa de preços de petróleo entre Arábia Saudita e Rússia - petróleo do tipo Brent chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo.


Na Ásia, as Bolsas da China, seguindo o mau humor generalizado dos mercados financeiros, fecharam em queda. O principal índice acionário do país, o Xangai Composite, teve recuo de 3,01%.

Na Europa, os mercados abriram a manhã desta segunda com queda generalizada. Tudo sob os mesmos motivos - petróleo e coronavírus.

Queda do petróleo

A Arábia Saudita reduziu os preços do petróleo, abrindo o caminho para um forte aumento de sua produção em abril. A decisão dos sauditas, anunciada no fim de semana, veio após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e os aliados da Opep+ não conseguirem fechar um acordo na última sexta, 6, para cortar ainda mais a produção do grupo, como parte de uma estratégia para amenizar o impacto econômico do coronavírus.

A Rússia, líder informal da Opep+, não aceitou uma proposta da Opep de reduzir a oferta coletiva em mais 1,5 milhão de barris por dia.

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