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Com dificuldade em obter recursos, Caixa freia crédito imobiliário

Carteira de financiamentos cresceu só 0,3% em comparação ao mesmo período de 2014

Economia|Do R7

Crédito imobiliário contratado na Caixa está estacionado
Crédito imobiliário contratado na Caixa está estacionado

O volume de crédito imobiliário contratado na Caixa Econômica Federal ficou estacionado no primeiro trimestre por causa da redução dos depósitos na caderneta de poupança, principal fonte de recursos para o setor.

A carteira de financiamentos de imóveis da Caixa — principal banco do País no crédito habitacional — cresceu só 0,3% em comparação ao mesmo período de 2014, segundo o vice-presidente de Habitação do banco, Teotonio Costa Rezende.

Em 2014, a Caixa desembolsou R$ 129 bilhões. Para repetir o resultado em 2015, o banco tem dois obstáculos: a falta de fontes de financiamento e o encarecimento dos recursos complementares, que subiram acompanhando a alta da taxa de juros básica da economia (Selic).

Financiar casa de campo tem juros mais baratos do que imóvel na cidade


A expectativa, diz Rezende, é que a carteira de crédito imobiliário cresça entre 12% e 15% neste ano, resultado bem mais tímido que os 25,7% do ano passado.

— A Selic dá duas pancadas no crédito imobiliário: torna menos atrativo o principal funding (fonte de financiamento), que é a poupança, e encarece fontes complementares como a LCI (Letra de Crédito Imobiliário).


Caixa aumenta juros de financiamentos imobiliários pela segunda vez em 2015

Em março, a poupança teve o pior desempenho da história. Os saques superaram os depósitos em R$ 11,438 bilhões. Apenas no 1.º trimestre, as retiradas líquidas chegaram a R$ 23.230 bilhões, de acordo com dados do Banco Central.


Os bancos têm de destinar no mínimo 65% dos depósitos da poupança para crédito imobiliário. Do total, 80% têm de ser para imóveis na linha do SFH (Sistema Financeiro de Habitação) e o resto para operações com taxas de mercado — SFI (Sistema Financeiro Imobiliário).

O foco para este ano, segundo o vice-presidente da Caixa, é habitação social e, em segundo lugar, os financiamentos no âmbito do SFH, que abrangem imóveis de até R$ 750 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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