Dólar acelera alta e bate R$ 4,10 com ruídos locais e externos
Às 15:20, o dólar avançava 1,69% e era negociado a R$ 4,1048 com o mercado testando a disposição do BC para atuar no câmbio
Economia|Do R7
O dólar disparava ante o real nesta sexta-feira (17), batendo a marca de R$ 4,10, maior valor em mais de sete meses. A valorização da moeda norte-americana ocorre com o mercado testando a disposição do BC (Banco Central) para atuar no câmbio em mais um dia de desconforto com a cena política local e o exterior.
Às 15:20, o dólar avançava 1,69%, a R$ 4,1048 na venda.
Na quinta-feira, a divisa encerrou com avanço de 1,01%, a R$ 4,0366 na venda, fechando acima dos R$ 4 pela primeira vez em sete meses e meio.
Para analistas, o descolamento do real em relação a seus pares já suscita debate mais acirrado sobre os riscos de intervenção do Banco Central no mercado de câmbio. O Citi diz que o BC deve atuar com o dólar oscilando entre R$ 4,10 e R$ 4,20.
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O real tem o pior desempenho entre as principais moedas globais nesta sessão, conforme investidores passavam a cogitar um cenário ainda mais conturbado para a reforma da Previdência.
"A grande questão é a falta de coordenação política, a falta de uma mão forte que possa dar sequência. O governo Bolsonaro mostra que não existe nenhuma habilidade não só do presidente como também de seus ministros", afirmou Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
O Banco Central vendeu nesta sexta-feira todos os 5.050 swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho. Em 12 operações, o BC já rolou US$ 3,030 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.