Com depósitos maiores do que os saques apenas no mês de dezembro, a poupança fechou 2015 com o maior volume de resgates da história, de R$ 53,568 bilhões, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (7), pelo BC (Banco Central).
A captação negativa é fruto de R$ 1,906 trilhão depositados, contra R$ 1,959 trilhão sacados da caderneta no ano passado. Trata-se da primeira vez desde 2005 em que os resgates superaram os investimentos. Naquele ano, o volume de saques superou o de depósitos em R$ 2,720 bilhões.
Em dezembro, pela primeira vez no ano, o resultado da caderneta ficou positivo em R$ 4,789 bilhões. O mês costuma ser favorável ao investimento por causa do pagamento do 13º salário. O resultado de dezembro ficou maior até do que o de idêntico mês de 2014, quando as aplicações líquidas ficaram em R$ 3,572 bilhões.
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Até o dia 30, o saldo já estava positivo em R$ 3,754 bilhões, o que não havia sido visto em nenhum mês do ano passado. O que ocorreu ao longo de 2015 foram cifras negativas até a véspera do fechamento do mês, com o sazonal aumento dos depósitos na caderneta no último dia útil. Isso costuma ocorrer por causa de aplicações automáticas da conta corrente que alguns investidores já deixam programadas para ocorrer.
Em janeiro, o resultado ficou negativo em R$ 5,5 bilhões e em fevereiro, em R$ 6,3 bilhões. Em março, os resgates superaram os depósitos em R$ 11,4 bilhões e, em abril, em R$ 5,8 bilhões. Em maio, o saldo ficou no vermelho em R$ 3,2 bilhões e, em junho, em R$ 6,3 bilhões.
Em julho, o volume de saques ficou R$ 2,454 bilhões maior do que as aplicações e, em agosto, R$ 7,501 bilhões. Em setembro, as retiradas foram de R$ 5,293 bilhões e, em outubro, os saques ficaram em R$ 3,3 bilhões. Em novembro, as saídas superaram as entradas em R$ 1,303 bilhão. O resultado negativo de março foi o pior para qualquer mês da série histórica do BC iniciada em 1995.
Com o resultado de dezembro, o saldo total da poupança ficou em R$ 656,590 bilhões, já incluindo os rendimentos do período, no valor de R$ 47,430 bilhões. Os depósitos na caderneta somaram R$ 197,960 bilhões no mês passado, enquanto as retiradas foram de R$ 193,170 bilhões.