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Aluno evolui 5,5 meses ao desenvolver habilidade emocional

Pesquisa da Secretaria de Estado da Educação e Instituto Ayrton Senna avaliam aspectos socioemocionais dos alunos da rede

Educação|Do R7

Pesquisa mostra como os adolescentes se avaliam com relação às habilidade emocionais
Pesquisa mostra como os adolescentes se avaliam com relação às habilidade emocionais Pesquisa mostra como os adolescentes se avaliam com relação às habilidade emocionais

Estudo inédito realizado pelo Instituto Ayrton Senna em parceria com a Seduc (Secretaria de Estado da Educação) avaliou a percepção de alunos os últimos anos do ensino fundamental e médio da rede pública estadual para entender como se sentem com relação às habilidades socioemocionais. Os dados liberados nesta quinta-feira (20) servirão para aplicação de políticas públicas na área que devem ser anunciadas pelo governador João Doria (PSDB).

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"O estudo faz uma ponte entre as análises mais científicas e os professores, a proposta é que a pesquisa ajude na formação dos educadores, que traga mais recursos e ferramentas para lidar melhor com as competências em sala de aula", avalia Ricardo Primi, do Instituto Ayrton Senna. "A escola precisa oferecer uma formação mais técnica, mas também preparar os estudantes para a vida, além de impactarem a aprendizagem, as habilidade sócioemocionais devem ser desenvolvidas para que a pessoa venha a ter capacidade de interagir com colegas de trabalho no futuro, por exemplo."

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Entre os pontos da pesquisa que merecem atenção e exigem cuidado dos gestores estão a confiança dos adolescentes, a curiosidade em aprender e autoconfiança. "Quando falamos em curiosidade em aprender, nós destacamos a habilidade de abertura ao novo e o impacto disso na prática é que o estudante, se desenvolver melhor esse aspecto, ganha 5, 5 meses de aprendizado em matemática", avalia o Secretário da Educação, Rossieli Soares. 

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"A questão da confiança chama a atenção e é um sinal de alerta, precisamos entender o que está acontecendo com esses estudantes para não confiarem nas outras pessoas", avalia Primi. "Uma explicação pode estar relacionada ao atual momento de alta polarização, mas precisamos investigar melhor esse ponto."

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No aspecto da violência, a pesquisa avaliou problemas disciplinares e bullying. Estudantes relataram sofrer mais bullying por aparência do corpo (16,1%), do rosto (14,5%) e sua cor/raça (8,1%). E 10,2% dos estudantes relataram caçoar, intimidar ou zoar algum colega.

"A aparência é um aspecto importante na adolescência, uma fase em que os estudantes estão passando por uma série de mudanças, estão criando uma identidade e buscam aceitação", destaca Primi. "Importante desenvolver aqui a empatia e a capacidade de ter antídotos contra aqueles que sofrem o bulying."

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O estudo mostra que em todas as séries analisadas, mais de 30% dos adolescentes ouvidos precisam desenvolver a tolerância às frustrações e autoconfiança. Ao avaliar as competências exigidas pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular), os estudantes apresentam deficiências quanto ao repertório cultural e autoconhecimento e autocuidado.

"Importante destacar que quando um estudante faz um autoavaliação baixa temos de ver como um pedido de ajuda e é possível que essas habilidades possam ser desenvolvidas ao longo da vida", explica Gisele Alves do Instituto Ayrton Senna.

E, por fim, a auto gestão é um ponto que precisa ser trabalhado com os alunos do 5º ano do ensino fundamental. "Uma fase que estão deixando a infância e passando para a adolescência, uma fase de maior autonomia e é natural que tenham mais dificuldade nesta fase", destaca Gisele.

Para este estudo, foram ouvidos 110.198 estudantes em novembro de 2019, portanto, período anterior a pandemia de covid-19. O estudo avaliou quais as competências estão menos desenvolvidas em cada ano escolar; quais precisam ser mais trabalhadas com base na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e, por fim, desempenho e violência escolar.

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