O engenheiro faz mestrado em bioinformática na Unifesp e cursos de especialização na plataforma Coursera
Arquivo pessoalFlavio Lichtenstein, de 54 anos, é formado em engenharia eletrônica pela FAAP e “e quase terminou o curso de física na USP [Universidade de São Paulo]”, como gosta de dizer. Apesar do interesse pelos estudos, resolveu migrar para o ramo do comércio após a graduação. Criou e trabalhou em uma empresa de software na área da saúde, na qual atuou por mais de 20 anos, até migrar mais uma vez para os cursos universitários presenciais e online.
Desde 2011, o engenheiro de formação faz mestrado em bioinformática na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e cursos de especialização na plataforma Coursera.
— Resolvi retomar todos os estudos para, quando eu terminar o doutorado, tentar alguma oportunidade no em um laboratório de pesquisa. Para isso, já fiz quase trinta cursos no Coursera nos últimos três anos.
Lichtenstein assiste às vídeo aulas do Cousera em inglês e sem legendas em português por opção e para treinar a língua. Mas não descarta fazer os novos cursos disponíveis por universidades brasileiras na plataforma.
— Se tiver algum curso legal na minha área, penso em fazer aulas em português no Coursera, sim.
Recentemente, o estudante terminou dois cursos pela plataforma, um de inferências estatística, na Universidade Johns Hopkins, e outro de genética na Universidade British Columbia.
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Além dos cursos dessas instituições, o aluno também já assistiu a aulas online de instituições como Universidade de Melbourne, Universidade da Califórnia, Universidade de Stanford e Universidade de Toronto.
— Agora, estou fazendo uma especialização em dados científicos na Universidade Johns Hopkins pagando U$ 50 [R$ 125].
Ele conta que além das aulas gratuitas oferecidas por universidades prestigiadas em todo o mundo, o Coursera oferece especializações a preços baixos, disponibilizando certificado.
— Essas especializações consistem em nove cursos e exigem um trabalho final. São cursos ferrados de tão bons e mais difíceis do que os cursos com um único módulo, que também exigem muito dos alunos.
Rotina de estudos
Para conseguir fazer todas as aulas de seu interesse e que são importantes para a sua formação, Lichtenstein precisa se organizar. Ele conta que um curso do Coursera dura, em média, entre quatro e onze semanas.
— Tem cursos com os quais eu gasto de vinte a trinta horas por semana para estudar, porque são muito difíceis e extensos. Além das vídeo aulas, os alunos precisam fazer leituras, exercícios e provas semanais, que são corrigidas pelos professores e, às vezes, também pelos colegas. A correção da prova de outros alunos faz parte do aprendizado e conta pontos.
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O pesquisador também diz que é fácil checar o oferecimento de cursos na plataforma e que o esforço vale a pena.
— É preciso acessar à plataforma, clicar nos cursos de interesse e, quando eles estiveram disponíveis, um e-mail é enviado para os interessados. São cursos sérios, de alta qualidade e possíveis de fazer na em casa, na hora que o estudante preferir. Imagina que, pelo Cousera uma professor de Harvard atinge, em um mês, 30 mil alunos. Essa é uma das maiores revoluções em educação que já vi na minha vida.
Sobre o Coursera
Conectar pessoas a uma educação de excelência, para que todos aprendam sem limites. Esse é o lema do Coursera, organização que busca educar milhões de pessoas, oferecendo aulas de universidades e instituições online de primeira linha gratuitamente. Recentemente o Coursera atingiu mais de 10 milhões de usuários.
O Coursera fez parceria com as principais universidades e instituições para oferecer cursos em uma ampla gama de disciplinas, incluindo medicina, literatura, história, informática e artes, entre outros.
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