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Educação

Para reitor da USP, excesso de funcionários explica parte da crise financeira

O número de servidores técnicos da universidade cresceu 13% entre 2010 e 2013

Educação|Do R7

O reitor da USP (Universidade de São Paulo), Marco Antonio Zago, tem apontado o excesso de funcionários técnico-administrativos na instituição e o consequente aumento de gastos com pessoal como fatores motivadores da crise financeira.

Segundo a edição do jornal Folha de S. Paulo publicada no último sábado (16), o número de servidores técnicos da universidade cresceu 13% entre 2010 e 2013, período em que também houve política de reajuste salarial.

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Em comunicado divulgado por sua assessoria de imprensa na última semana, a USP informa ainda que, no período de 2007 a 2013, os repasses do Governo do Estado de São Paulo para as três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) cresceram 32% acima da inflação, ao passo que, no mesmo período, os gastos com pessoal na USP cresceram 63% acima da inflação.

— Além dos reajustes e promoções, nos últimos quatro anos, na Universidade, foram contratados 2.414 novos servidores técnico-administrativos e 396 novos docentes, diz o texto.


No primeiro semestre, o comprometimento do orçamento da universidade com o pagamento dos seus mais 20.000 funcionários (entre docentes e técnico-administrativos) foi de 105,5% — total de R$ 2,27 bilhões, sendo que os recursos repassados pelo Estado à instituição no mesmo período atingiram apenas R$ 2,15 bilhões.

Especula-se que, ao mencionar a origem da atual crise financeira da universidade, o Marco Antonio Zago critica indiretamente a gestão do antigo reitor da USP, João Grandino Rodas.


Reequilíbrio orçamentário

No último dia 15,o reitor Zago se reuniu com cerca de 80 diretores de unidades de ensino e pesquisa da USP para anunciar medidas prevendo um reequilíbrio orçamentário. Na ocasião, foi oficializado o programa de demissão voluntária de 3.000 funcionários e o direcionamento do HU (Hospital Universitário) para o governo estadual.

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— Os estudos para o programa de incentivo à demissão voluntária tomaram como referência um público-alvo formado por cerca de 2.800 servidores celetistas com idade entre 55 e 67 anos e com, pelo menos, vinte anos de trabalho na USP, diz nota da assessoria de imprensa divulgando a medida.

Também foi proposto projeto de flexibilização da jornada de trabalho, permitindo que os servidores que trabalham quarenta horas semanais possam diminuir sua carga horária para 30 horas, com redução de salário.

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