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Programa de demissão voluntária pode ser início do 'desmanche' da USP, dizem professores 

Nota da Associação dos Docentes demonstra a perplexidade dos funcionários frente à medida  

Educação|Do R7

Prédio da reitoria segue fechado por conta da greve
Prédio da reitoria segue fechado por conta da greve Prédio da reitoria segue fechado por conta da greve

A possibilidade de a reitoria da USP (Universidade de São Paulo) implantar um programa de demissão voluntária de 3.000 funcionários para conter a crise financeira pela qual passa indignou professores, servidores técnicos e estudantes.

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Na sua página do Facebook, o Diretório Central dos Estudantes da USP manifestou desaprovação da possível medida: “Mais uma vez a reitoria da USP se mostra intransigente e autoritária”, diz comentário sobre a notícia.

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A Adusp (Associação dos Docentes da USP) divulgou ontem (14) nota comentando o assunto: “A Diretoria da Adusp manifesta sua perplexidade e profunda preocupação com a notícia.”

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— Caso confirmadas, tais medidas, desatinadas e brutais, encaminhadas a revelia de qualquer discussão prévia com a comunidade universitária, representarão novas e insuportáveis violências contra a USP, perpetradas pela atual gestão, e colocarão em risco a instituição tal como a conhecemos hoje. Seria nada mais nada menos que o início do desmanche da USP, diz trecho do texto.

Informações contidas em um documento da administração da universidade descrevendo a medida de contenção dos gastos foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo ontem.

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Segundo o veículo, o documento também propõe que os professores diminuam as jornadas de trabalho para a redução de salários e que Hospital Universitário, na capital paulista, e o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, em Bauru, “passem para a administração da Secretaria Estadual da Saúde”.

Procurada pelo R7, a reitoria da universidade disse que não comentará o caso.

Crise financeira

Os servidores das universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e unicamp) estão em greve desde maio. No período, uma crise financeira nas três instituições foi anunciada e levou as universidades a congelarem reajustes salariais neste ano.

Os grevistas na USP exigem reajuste salarial de 9,78% e mais investimentos para o ensino. Porém, no primeiro semestre de 2014, o comprometimento do orçamento da universidade com o pagamento dos seus mais 20.000 funcionários (entre docentes e técnico-administrativos) foi de 105,5% — total de R$ 2,27 bilhões, sendo que os recursos repassados pelo Estado à instituição no mesmo período atingiram apenas R$ 2,15 bilhões.

Nas últimas semana, funcionários têm aumentado piquetes e ações de greve para conseguir o aumento de salárioA reitoria da USP informou na última semana que vai comunicar à Justiça o fechamento dos portões da Cidade Universitária. 

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