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Plano Nacional de Educação só fará revolução se for cumprido, avalia especialista

A diretora do movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, falou hoje (19) em evento da área 

Educação|Do R7

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Para Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação, não existe qualidade no ensino sem professores de qualidade
Para Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação, não existe qualidade no ensino sem professores de qualidade

A diretora executiva do movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, iniciou sua fala no fórum da série Estadão Brasil Competitivo, realizado nesta terça-feira (19) em São Paulo, avaliando que o PNE (Plano Nacional de Educação) é uma agenda importantíssima, que merece toda a atenção da sociedade.

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Porém, para Priscila o PNE só fará uma revolução na educação brasileira se de fato for cumprido no prazo de 10 anos. Segundo ela, o maior erro histórico do Brasil foi o descaso com a educação. A diretora executiva defendeu que, além da meta de universalizar a educação infantil, o ensino fundamental e médio até 2016, é preciso investir na qualidade do ensino brasileiro.


Nesse aspecto, afirmou que é necessário alfabetizar todas as crianças no máximo até o final do terceiro ano do ensino fundamental. Além disso, defendeu a implantação de escola integral, citando que a meta é ampliar dos atuais 34,7% para 50% as matrículas nesse regime. Priscila ressaltou ainda que é preciso investir na qualidade dos professores. 

— Não existe qualidade no ensino sem professores de qualidade, afirmou, avaliando que esse é um debate mundial, no qual o Brasil tem condições de ser referência nessa melhoria.


Além de investir na qualificação dos docentes, a diretora defendeu que é preciso valorizá-los. Para isso, afirmou, "não tem jeito, tem que pagar melhor". "Isso exige muito recurso, mas é o dinheiro mais bem gasto", disse. 

Ela defendeu que, para o País avançar de forma justa e de forma sustentável, a equação necessária envolve conhecimento diversificado, complementar e coordenado.


Priscila lembrou que, em razão de todos esses problemas da educação, o Brasil está em 57º lugar no ranking do índice de complexidade econômica.

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Em sua fala, a diretora executiva do Educação Para Todos defendeu que é preciso mudar a estrutura e o modelo da escola atual que, na avaliação dela, estão atrasados e divergentes da sociedade complexa atual.

De acordo com ela, a estrutura da escola atual é do século XIX, marcada por um currículo inchado, pouco definido e transparente, o que tem desmotivado os alunos.

— Os alunos são do século XXI e vivem em uma sociedade muito mais complexa do que o modelo que vigora, afirmou.

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Priscila avaliou também que o modelo de escola atual tem respondido muito pouco à complexidade do mercado de trabalho atual.

— Temos que ter coragem para mudar, de quebras as estruturas, defendeu.

Ela criticou também que o conhecimento científico, apesar de cada vez maior, está cada vez mais distante da população. Em sua fala durante o fórum, a diretora ainda parabenizou o programa Ciências Sem Fronteiras, do Governo Federal, mas ponderou que é preciso avançar mais.

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