Qual matéria vale mais nota no Enem? Especialistas revelam qual é e como funciona o cálculo final
A distribuição do peso das questões é feita após correção antichute, que privilegia o aluno com maior coerência entre as respostas
Educação|Beatriz Kawai, do R7*
A uma semana da segunda prova do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio), a principal porta para ensino superior do país, o foco são as disciplinas de exatas e biológicas.
Mas qual seria uma boa estratégia, tendo em vista que as matérias em si não têm peso diferente e que o Enem utiliza o Sistema de Resposta ao Item (TRI), que identifica e conta menos os acertos na base do chute?
Se for avaliada a estrutura da prova, a resposta é simples: dedique-se a estudar matemática, disciplina que tem 45 questões, e redação, é claro, com a qual os candidatos podem adquirir até mil pontos.
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Sandro Vimer Valentini Jr., coordenador do cursinho pré-vestibular Poliedro de Campinas, explica que o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) utiliza as notas do Enem ao indicar a pontuação mínima necessária para ingressar em determinado curso. Mas que, dentro da estrutura do exame, ter conhecimento em exatas pode fazer toda a diferença. Veja o porquê:
Primeiro dia (5/11)
• Ciências humanas e suas tecnologias: 45 questões de história, geografia, sociologia e filosofia
• Linguagens, códigos e suas tecnologias: 45 questões de português, língua estrangeira, artes, literatura, educação física e tecnologias da informação e comunicação
• Redação
Segundo dia (12/11)
• Ciências da natureza e suas tecnologias: 45 questões de física, química e biologia
• Matemática e suas tecnologias: 45 questões de matemática (álgebra, geometria, trigonometria, funções etc.)
Como funciona a teoria antichute
Fernanda Yamamoto, coordenadora de Projetos Educacionais do Senac São Paulo, explica por que dois alunos que acertaram o mesmo número de questões justamente na prova de matemática, por exemplo, podem ter resultados diferentes.
Ao ser identificada uma questão acertada por chute — ou seja, quando o candidato errou uma mais fácil, que a maior parte dos alunos acertou, e se deu bem na mais difícil —, o participante "terá uma nota inferior à de um estudante que acertou o mesmo número de questões fáceis mas errou as mais complexas".
É importante lembrar que, assim como no Sisu, as notas das disciplinas do Enem podem não ter pesos diferentes em si, mas possuem valor distinto ao compor o cálculo da média final, de acordo com o curso escolhido pelo candidato.
No de medicina da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, o desempenho em ciências da natureza tem peso 4, e em matemática, peso 3. Ciências humanas, linguagens e a redação têm peso 2.
Valentini sugere aos candidatos que confiram os editais passados do Sisu e das universidades. "Ainda que possam ser feitos ajustes e mudanças, os pesos de anos anteriores auxiliam no entendimento do perfil de aluno buscado pelas instiuições", explica.
Ele sugere planejar os estudos e criar uma rotina, dando prioridade aos conteúdos sobre os quais o estudante tem dificuldade e que podem valer mais na pontuação.
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*Sob a supervisão de Vivian Masutti
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