Uma prova fácil para o candidato que se preparou durante o ano, com um tema de redação bastante atual. Essa é a avaliação do professor Péricles Polegatto, do Sistema COC de Ensino, sobre o exame de português da Fuvest, o primeiro da segunda fase, realizado neste domingo (4).
— Boa parte das questões pedia que o candidato respondesse de maneira sucinta. As palavras “sucintamente” e “resumidamente”, que se repetem diversas vezes no exame, mostram que não era necessário que o estudante se alongasse muito.
Para Polegatto, as questões de interpretação de texto não apresentaram muita dificuldade para alunos de 17 anos ou 18 anos.
— Mesmo as questões a respeito dos livros exigidos não eram complicadas. As questões 7 e 8, por exemplo, poderiam ser respondidas mesmo por alunos que não tivessem lido as obras, mas que tivessem assistido a aulas e lido bons resumos. A questão 7 apresentava um trecho de Viagens na minha terra que embasava a resposta. A 8 trata questões muito debatidas de O Cortiço e Memórias Póstumas, que costumam ser tratadas em aula.
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O professor afirma que a questão 9 é a que mais exigiu conhecimento da leitura pedida.
—No caso da questão 9, a leitura da obra completa é importante. A infância de Brás Cubas e a sociedade representada em Memórias de um sargento de milícias, que o aluno precisaria conhecer para responder, não são tópicos que aparecem em aulas e resumos detalhadamente.
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A “camarotização” da sociedade, tema da prova de redação, foi elogiada pelo professor.
— É um tema bem atual. A questão inclusive chama a atenção do estudante para um fenômeno que muitas vezes passa desapercebido, mas que faz parte de seu cotidiano: a segregação social.