Crivella quer apoio de Garotinho, mas nega negociação de cargos
Ele diz que o objetivo da aliança é derrotar Luiz Fernando Pezão (PMDB)
Eleições 2014|Do R7
O candidato ao governo do Rio no segundo turno Marcelo Crivella (PRB) afirmou, em entrevista ao R7, que não negociará cargos em troca de apoio eleitoral. Nesta terça-feira (7), Crivella deve se reunir com Anthony Garotinho (PR), em Campos dos Goytacazes, para definir apoio na campanha eleitoral. Garotinho ficou em terceiro lugar, com 19% dos votos e seguia, segundo pesquisa de 2 de outubro do Instituto Gerp, com 40% de rejeição.
Crivella afirmou que o objetivo da aliança com outras candidaturas é derrotar o “candidato do Cabral”, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
— Não é cargo. É uma aliança programática. O que o PR e o Garotinho me pediram até agora é derrotar o Cabral, o que vou fazer com muito gosto. A aliança é para derrotar o PMDB.
Nesta segunda (6), Crivella se reuniu com representantes do PT para pedir apoio de Lindberg Farias, que ficou em quarto lugar, com 10% dos votos. Crivella, que baseou sua campanha no fato de ser um dos únicos candidatos ao governo ficha limpa, afirmou ainda que não teme perder votos por conta do apoio de Anthony Garotinho.
— A rejeição do Garotinho, é do Garotinho governador. Ele não será governador no meu governo. Ele apenas dará apoio para que eu seja governador. Não sou eu que estou aderindo à campanha do Garotinho, é o Garotinho que está aderindo a minha campanha. As pessoas o elegeram como deputado.
Pezão teve 40,57% dos votos e Crivella, 20,26%. Anthony Garotinho, que segundo as pesquisas de intenção de voto disputaria o segundo turno com Pezão, obteve 19,72% dos votos. Durante a apuração, a disputa pelo segundo lugar foi bastante acirrada — a diferença entre Crivella e Garotinho chegou a ser de apenas 36 mil votos.
Lindberg Farias (PT) ficou em quarto lugar (10%), seguido de Tarcísio Motta (PSOL) (8,92%), Dayse Oliveira (PSTU) (0,42%) e Ney Nunes (PCB) (0,11%).