PT vai usar crise da água em SP para atingir Aécio

Buscando desgastar a imagem do candidato Aécio Neves (PSDB), o PT explorará na última semana de campanha a crise hídrica que atinge o Estado de Sâo Paulo, como forma de mostrar "a incapacidade gerencial" dos tucanos. O presidente nacional da sigla, Rui Falcão, disse que a estratégia petista já está montada.

— O pessoal está reclamando muito da falta de água em São Paulo. Estamos fazendo um panfleto esclarecedor sobre isso. O pessoal vai começar a refletir sobre o que são as promessas de campanha e qual a realidade do País. Essa questão vai ser acentuada nos debates e no programa de televisão.

Neste sábado (18), o nível de água da primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira voltou a registrar queda. De acordo com levantamento diário da Sabesp, o reservatório chegou a 3,8% de capacidade. Com esse ritmo de baixas e ausência de chuvas, a primeira cota do volume morto pode acabar em novembro. Esse prazo já havia sido indicado pela presidente da companhia, Dilma Pena.

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Em nota, a Sabesp informou que "há no Sistema Cantareira ainda 40 bilhões de litros contando com a primeira cota da reserva técnica". Além disso, a companhia explicou que "há também mais 106 bilhões de litros da segunda reserva técnica disponíveis para uso".

Os petistas também comemoram o fato de o assunto estar diariamente na imprensa, o que garante que a população seja mais exposta ao problema sem que as críticas necessariamente saiam de suas bocas, o que poderia parecer picuinha eleitoral. O PT espera que a falta d´água motive o eleitorado que optariam por anular ou se abster no segundo turno. A aposta no PT é que Dilma Rousseff terá pouco mais de 30% dos votos em Sâo Paulo.

Outro alvo do PT é o eleitor que optou por Marina Silva no primeiro turno. Segundo Alexandre Padilha, que após perder a eleição em São Paulo assumiu a coordenação da campanha de Dilma no Estado, o PT não deve se importar com a quantidade de votos que Aécio obteve.

— O percentual de votos do PSDB nas últimas eleições em São Paulo foi o mesmo. Foi muito similiar ao que todos os outros candidatos a presidência do PSDB tiveram. Então vamos focar em bairros e regiões que tiveram grande votação em Marina, nulo e branco no primeiro turno.