Tempo do aprendizado do PT custou muito caro ao Brasil, diz Aécio
Em sabatina na CNI, tucano voltou a falar na volta da “previsibilidade” para a economia do País
Eleições 2014|Do R7
Candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves (MG) prometeu ao empresariado nacional tratar a retomada da competitividade da indústria nacional com uma “obsessão”.
Aécio participou de sabatina organizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta quarta-feira (30), em Brasília.
— Precisamos inaugurar um novo ciclo de desenvolvimento entre nós. Não é normal, para um País com a renda média que tem o Brasil, vivermos um processo de desindustrialização desta magnitude.
Aécio citou a recuperação da economia norte-americana para destacar a importância de uma indústria forte na retomada de crescimento da economia brasileira. Segundo o senador tucano, “o ativo mais valioso da política é o tempo, e esse tempo que nós perdemos [durante o governo do PT] não voltará mais”.
— Ao longo de dez anos, o atual governo demonizou as privatizações. O tempo do aprendizado do PT vem custando muito caro ao Brasil. Após a segunda meta do governo do presidente Lula, tivemos um afrouxamento do tripé macroeconômico.
Para plateia de empresários, Campos promete não aumentar carga tributária
Para Aécio, o Brasil vive atualmente um período de “estagflação, com crescimento pífio da nossa economia e, mesmo assim, a inflação estoura o teto da meta”. Segundo ele, falta previsibilidade à economia nacional. Para melhorar esse quadro, o candidato prometeu enviar ao Congresso Nacional uma proposta de simplificação do sistema tributário logo que chegar ao governo.
— Não sou candidato de apenas um partido ou coalizão. Sou candidato de um sentimento profundo de mudança que hoje permeia toda a sociedade brasileira. Não podemos compreender como aceitável o Brasil ter o pior crescimento entre os países da América do Sul e o segundo pior dos países da América Latina.
Pontos essenciais
Para melhorar os índices econômicos brasileiros, o senador disse que pretende trabalhar em seis pontos, caso seja eleito. Além de aumentar a qualidade da educação, o tucano promete um “choque de infraestrutura, para conclusão de obras e definição de uma agenda que atenda ao aumento de competitividade daqueles que produzem no Brasil”.
Um terceiro aspecto, segundo Aécio, é o estabelecimento de uma taxa de juros mais baixa, o que “não será resolvido por discursos na televisão, mas pelo estabelecimento de um clima de confiança na economia brasileira”. O candidato também destacou a necessidade de um câmbio mais desvalorizado, já que o País estaria sendo vítima de “um populismo cambial”, pois “o governo busca controlar a inflação com interferência no câmbio”.
Aécio também promete uma integração maior do Brasil com o mundo, pois, segundo ele, “lamentavelmente o Brasil optou por um alinhamento ideológico na sua politica externa”, conseguindo fechar negócios apenas com Egito, Israel e Palestina apenas nos últimos anos e negligenciando oportunidades de negócios com blocos econômicos como a União Europeia.
Um último ponto prioritário citado pelo candidato é o "resgate das agências reguladoras e da sua independência como instrumentos do Estado brasileiro". Mas o desafio concreto feito pelo tucano é aumentar o percentual do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em investimento.
— Nossa meta é, ao final de 2018, saltar do patamar no qual estamos amarrado, de 18% do PIB em investimento, para alcançarmos 24% do PIB em investimento.