Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Veja como melhorar a leitura da digital na hora do voto

Limpar as mãos com sabão, sem cremes ou produtos com álcool, facilita o processo 

Eleições 2014|Da Agência Brasil

Mesários recebem papéis umedecidos para limpar o leitor da urna
Mesários recebem papéis umedecidos para limpar o leitor da urna Mesários recebem papéis umedecidos para limpar o leitor da urna

Eleitores de todo o País usarão novamente o sistema biométrico de identificação neste domingo (26) para votar no segundo turno. Na primeira fase do pleito, parte da população teve problemas com a identificação das digitais. Para que o procedimento de leitura seja feito corretamente, eleitores e mesários precisam ficar atentos a algumas orientações.

O secretário de Tecnologia da Informação do TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal), Ricardo Negrão, explica que muitos fatores podem influenciar a leitura. Um deles é a posição do dedo no leitor e a pressão aplicada.

— Os mesários foram treinados a informar o eleitor qual o procedimento correto. No treinamento, eles fizeram vários testes com relação ao posicionamento e à pressão exercida no leitor.

Outra questão que deve ser lembrada é a hidratação da pele. Há quem acredite que passar álcool pode ajudar a deixar a mão livre de gordura facilitando a identificação biométrica. Mas a verdade é que isso pode até prejudicar.

Publicidade

— A mão muito ressecada, no dia da eleição, pode dar problema na identificação. Mas a gente também não recomenda que a pessoa use muito creme. Limpe a mão normalmente com sabão e não utilize produtos com álcool e coisas que ressequem os dedos.

A bacharel em Direito Camila Loretti vota em Taguatinga, cidade do DF a cerca de 20 quilômetros de Brasília. Ela conta que, no primeiro turno, a urna eletrônica não reconheceu sua digital na primeira tentativa.

Publicidade

— Na segunda vez, a mesária me ajudou. Ela virou o dedo na tela do sensor e pressionou. E aí deu certo.

E se o leitor da urna estiver sujo, cheio de digitais? Isso pode prejudicar o processo? Negrão afirma que não.

Publicidade

— Ele não traria prejuízo se estivesse muito sujo, mas a gente recomenda que o mesário limpe até mesmo para manter a parte higiênica.

Segundo o secretário, no primeiro turno, foram distribuídos aos mesários papéis umedecidos para a limpeza, procedimento que também será feito neste domingo.

Mas nem tudo depende do eleitor. Algumas urnas apresentaram problemas durante o primeiro turno. O secretário do TRE-DF conta que em Brasília, dos mais de 6,4 mil equipamentos usados no dia 5 de outubro, 219 apresentaram problemas. Desses, 180 tiveram alteração nos sensores biométricos.

Uma dessas urnas estava na seção onde a bancária aposentada Maria Gorete Batalha vota no Lago Sul – região distante quase 10 quilômetros da área central de Brasília. O equipamento não identificou muitos dos eleitores da seção. Com Gorete, foram oito tentativas.

— Só estava tendo essa fila na minha seção. Cheguei lá às 9h30 e voltei para casa às 12h12 e a escola fica a cinco minutos da minha casa. Tive que testar as oito vezes e era sempre o indicador e o polegar. 

Como mesmo assim não funcionou, o mesário liberou a urna e ela pôde votar mas conta que muita gente chegou a ir embora já que até o momento que saiu do local, o equipamento não tinha sido substituído.

Negrão, explica que os equipamentos que apresentaram problemas passaram por manutenção para serem usados amanhã.

— Os sensores foram substituídos por outros novos. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) encaminhou um lote de sensores para que a gente pudesse fazer a troca. 

Além do Distrito Federal, Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Paraná também realizaram a troca. Ao todo, foram cerca de mil leitores biométricos substituídos. O secretário do TRE-DF explica também que mesmo que a urna apresente problemas o eleitor não será prejudicado.

— O mesário tem toda a autonomia para autorizar esse eleitor, que não foi reconhecido pela biometria, a votar no dia da eleição. São oito tentativas que o eleitor tem que fazer para tentar ser habilitado pela biometria. Não conseguindo, o mesário coloca um código que ele detém e autoriza o eleitor a votar.

Para Negrão, a familiaridade com o equipamento adquirida com a votação do primeiro turno, tanto pelos eleitores quanto pelos mesários, deve ajudar a diminuir o tempo nas seções. A previsão é que cada pessoa leve cerca de 30 segundos para registrar o voto.

De acordo com o TSE, o sistema biométrico apresentou um percentual de 91,5% de reconhecimento dos eleitores. Para o segundo turno a expectativa é aumentar ainda mais a eficiência do sistema e baixar o índice de não reconhecimento para cerca de 5%.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.