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Eleições 2022

Ex-secretária de Ibaneis, Marcela Passamani desiste da candidatura à Câmara dos Deputados

Decisão já era esperada por aliados; saída da candidata teria relação com dificuldades na divisão do fundo eleitoral do PL

Eleições 2022|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Marcela Passamani durante encontro na Secretaria de Justiça e Cidadania do DF
Marcela Passamani durante encontro na Secretaria de Justiça e Cidadania do DF

Ex-secretária de Justiça e Cidadania do Distrital Federal na gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), Marcela Passamani desistiu de concorrer como candidata a deputada federal nas eleições deste ano. Ela anunciou a desistência em um evento nesta quinta-feira (18) e seguirá trabalhando na campanha à reeleição de Ibaneis.

O R7 apurou que a saída da ex-secretária da corrida eleitoral teria relação com a distribuição do fundo partidário do PL. Passamani era a candidata de Ibaneis e da deputada federal Flávia Arruda (PL) para a Câmara dos Deputados.

Flávia Arruda disputa uma vaga ao Senado e pretendia fazer da ex-secretária sua sucessora na casa legislativa. A filiação de Marcela Passamani ao PL ocorreu em 15 de março, com a presença de Ibaneis e da primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro.

Campanha a reeleição

No discurso, nesta quinta, a ex-secretária pediu que seus apoiadores continuem com ela na campanha para a reeleição de Ibaneis. "Meu convite é para que a gente, nessa caminhada, apoie e ajude, que o DF continue a crescer, que a gente tenha o governador Ibaneis Rocha reeleito", disse.


O governador também se manifestou e destacou que Passamani não está desistindo, mas adiando um plano. "Não vou dizer que eu estou alegre, que eu estou feliz. Ela não está errada na decisão que está tomando. Está tomando a decisão no lado da família. Ela está adiando um projeto que tem que ser bem pensado, bem calculado, pois a vida da gente exige muitos sacrifícios", afirmou o atual candidato ao Palácio do Buriti.

A deputada federal Flávia Arruda disse, por sua vez, que Passamani ainda será a maior liderança feminina que o DF já teve. "Vi nascer quem hoje é e será, no futuro, uma das maiores liderança femininas que a gente vai ter em Brasília. Essa mulher mostrou em pouco tempo o que eu vi há alguns anos quando olhei para ela e disse: 'Você tem que entrar na política. Seu potencial não pode ficar atrás do balcão'", discursou a candidata ao Senado.


Fundo eleitoral

A reportagem ouviu integrantes do PL que relataram problemas que os candidatos estão enfrentando por causa da distribuição do fundo eleitoral. Um dos obstáculos é que o presidente Jair Bolsonaro estaria brigando para ter uma parcela maior da verba para sua candidatura à reeleição.

Outro problema é que o partido esperava lançar 33 candidatos, mas tem cerca de 80. O combinado nessa distribuição é que quem já tivesse mandato e fosse concorrer à reeleição receberia um valor maior e que os demais dividiriam o restante do dinheiro. Mas, com a entrada dos parlamentares aliados a Bolsonaro, o partido não conseguiu cumprir o combinado.


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Com uma parte do fundo repartido com o presidente e uma divisão da verba mais magra que a combinada inicialmente, os candidatos que tentam a primeira eleição foram os mais prejudicados. Alguns se queixam de ainda não terem recebido nada e de não saberem o quanto vão receber para quitar os compromissos de campanha. A ex-secretária Marcela Passamani estaria entre eles.

O R7 procurou o PL para que o partido comentasse a distribuição do fundo e a saída da candidata e aguarda uma resposta.

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