Apesar do clima tenso, colégios eleitorais são abertos na Ucrânia
O grande favorito é o oligarca Petro Poroshenko, o principal patrocinador dos protestos em Kiev
Internacional|Do R7
Os colégios eleitorais na Ucrânia abriram neste domingo (25) suas portas às 8h horas (2h de Brasília) para realização das eleições presidenciais, que são boicotadas pelos insurgentes das regiões de Donetsk e Lugansk (leste).
Mais de 33 milhões de ucranianos foram cconvocados às urnas para escolher como presidente o candidato que conseguir mais de 50% dos votos, caso contrário seria preciso realizar um segundo turno dentro de três semanas.
Segundo todas as pesquisas, o grande favorito é o oligarca Petro Poroshenko, o principal patrocinador dos protestos do Euromaidan, que poderia vencer já no primeiro turno.
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A segunda candidata em discórdia é a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, que tenta pela segunda vez se tornar presidente da Ucrânia após cair em 2010 perante o agora deposto e exilado na Rússia, Viktor Yanukovich.
Segundo a CEC (Comissão Eleitoral Central), uma grande parte dos 5 milhões de eleitores em Donetsk e Lugansk não poderão exercer hoje seu direito ao voto, devido ao boicote dos insurgentes pró-russos.
Quase 100 mil soldados se ocuparão de garantir a segurança durante o dia em todo o país, especialmente no leste, onde ontem à noite explodiram novos combates na região de Donetsk.
A OSCE já adiantou que não tem motivos para não reconhecer como democráticas as eleições, enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, insistiu no sábado em que Moscou respeitará a eleição do povo ucraniano.
Após ataque cibernético, votos serão contados à mão
A CEC (Comissão Eleitoral Central) da Ucrânia contará à mão os votos emitidos durante as eleições presidenciais deste domingo depois que um ataque cibernético inutilizou o sistema informático.
"Repará-lo para as eleições já é impossível. A princípio, não é nenhuma catástrofe. Contaremos tudo à mão. Os resultados serão confiáveis", anunciou Arsen Avakov, ministro do Interior, citado por meios de comunicação locais.
Avakov lembrou que nesta semana o sistema analítico "Eleições" sofreu um ataque cibernético, previsivelmente realizado pelos insurgentes, o que impossibilita a comunicação entre a CEC e as comissões eleitorais territoriais.
Além disso, denunciou a negligência de alguns responsáveis eleitorais locais por não terem avisado a tempo o Ministério do Interior a fim de sanar o problema antes da abertura dos colégios.
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