As mulheres não são homens
O blog Freakonomics.com analisa por que somente 16% dos editores da Wikipédia são mulheres já que elas superam os homens no Facebook, Twitter, Pinterest e jogos online
Internacional|Do R7
Um dos nossos podcasts "Freakonomics Radio" mais recentes chamou-se "Mulheres não são homens". Nas palavras de Stephen Dubner:
"A igualdade dos sexos é um objetivo antigo e, de muitas formas, ele está sendo atingido. Porém, como vocês ouvirão neste programa, a discrepância entre homens e mulheres em algumas dimensões ainda é grande. Não estamos tentando começar nenhuma discussão. Só estamos tentando examinar os dados que apontam diferenças entre homens e mulheres para entender por que elas, e qual seu significado".
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A primeira matéria que vão escutar é sobre o abismo de gênero entre os editores da maior enciclopédia do mundo. Bourree Lam, editora do blog Freakonomics.com, analisa por que somente 16% dos editores da Wikipédia são mulheres – um enigma, levando em consideração que as mulheres superam os homens quando se trata de Facebook, Twitter, Pinterest e até mesmo dos jogos online.
A seguir, vocês ouvirão sobre as diferenças de gênero na competição. Uri Gneezy, economista da Universidade da Califórnia, campus de San Diego, e um grupo de pesquisadores conseguiram estudar a concorrência dentro da tribo massai (extremamente patriarcal), na Tanzânia, e da tribo khasi (uma das poucas sociedades matrilineares do mundo), da Índia. Segundo Gneezy, quando se trata de competição, o segredo é a criação:
"A questão não é que homens e mulheres não nascem diferentes. Garanto que nascem. E é possível inventar boas histórias evolutivas sobre por que os homens são mais competitivos do que as mulheres. O que mostramos é que esse não é o único fator envolvido, o que não causa grande surpresa. Porém, o outro fator, a cultura, pode ser tão grande a ponto de subverter os resultados".
É interessante observar que Gneezy e John List, professor de economia da Universidade de Chicago, lançarão um livro no outono do Hemisfério Norte que inclui um capítulo sobre as tribos khasi e massai. Steve Levitt é o autor do prefácio.
Vocês também ouvirão Betsey Stevenson, economista da Universidade de Michigan, falar a respeito do paradoxo da felicidade feminina – isto é, por que a felicidade das mulheres está declinando mesmo que elas recebam mais dinheiro e ganhem mais oportunidades.
Por fim, Levitt e Jennifer Schwartz, socióloga da Universidade Estadual de Washington, abordam um dos maiores abismos entre gêneros que existem: a criminalidade. Deixe que o Freakonomics se encarregue de ponderar: se você está torcendo para mulheres e homens se tornarem completamente iguais, também deveria torcer para elas cometerem mais crimes?
Além disso, uma de nossas ouvintes, Misty Touchette, escreveu um comentário interessante para o nosso podcast. Este incidente pode ser mais apropriadamente batizado "Homens não são homens".
"Tenho duas amigas com cerca de 30 e 55 anos. Elas não se conhecem e têm formações muito diferentes. Poucas semanas atrás, ambas me contaram, cheias de alegria, sobre suas novas contas no Facebook. As duas as criaram como se fossem homens, e ambas escolheram a mesma personalidade: atraente e branco. O motivo? Elas se cansaram de serem removidas das listas de amigos por questões, causas ou grupos políticos ao se envolverem em debates públicos. Quando se apresentavam como mulheres, os comentários – até mesmo declarações simples de opiniões alternadas sobre um tema – eram chamuscados, ridicularizados ou apagados. Então, é claro, foram expulsas de algumas dessas páginas."
"Sei que uma mulher escrever com nome de homem não é coisa nova. Sei que outras já fizeram isso antes, mas minhas amigas falaram que as novas personalidades masculinas estão registrando crescimento no apoio ou pelo menos recebem réplicas no debate público. Depois de ouvir 'Mulheres não são homens' e avaliar minhas amigas, não pude deixar de pensar: quantos editores da Wikipédia rotulados como homens são na verdade mulheres?"
(Stephen J. Dubner é coautor, com Steven D. Levitt, de "Freakonomics: O Lado Oculto e Inesperado de Tudo Que Nos Afeta" e "Super Freakonomics: Resfriamento Global, Prostitutas Patriotas e Por que os Homens-Bomba Deveriam Fazer Seguro de Vida".)
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