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Boko Haram sequestra 60 mulheres e meninas no norte da Nigéria

Acordo que libertaria as estudantes sequestradas há 6 meses havia sido anunciado um dia antes

Internacional|

Membros do Boko Haram já mataram mais de 3.000 pessoas neste ano
Membros do Boko Haram já mataram mais de 3.000 pessoas neste ano Membros do Boko Haram já mataram mais de 3.000 pessoas neste ano

A milícia islamita Boko Haram sequestrou 60 mulheres e meninas em duas localidades do Estado de Adamawa, no norte da Nigéria, depois de o Exército ter anunciado um cessar-fogo com os terroristas, informaram nesta quinta-feira (23) residentes de ambas as comunidades.

Cerca de 40 mulheres foram capturadas em Waga Mangoro e outras 20 foram sequestradas em Garta por supostos integrantes do grupo, que chegaram armados em motocicletas às duas localidades no sábado (18).

No dia anterior, o Exército nigeriano havia anunciado um acordo de trégua com os radicais islâmicos, que previa também a "iminente" libertação das mais de 200 meninas sequestradas há seis meses em um colégio de Chibok, o que também não ocorreu.

"Chegaram vários insurgentes armados, foram matando todos os homens e meninos que encontravam enquanto iam de casa em casa e para sequestrar mulheres e meninas", relatou por telefone Kuva Azira, um dos moradores que conseguiu escapar com vida de Garta.

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"Antes de escapar, acho que mais de 20 mulheres tinham sido sequestradas", disse, em relação a um ataque que só foi noticiado dias depois por se tratar de duas comunidades muito remotas.

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Outro residente, Kwada Tizhe, informou que os terroristas saíram de Waga Mangoro com 40 mulheres e meninas.

Os governos federal e regional e o Exército não se pronunciaram sobre este novo sequestro.

O porta-voz do governo de Adamawa, Phineas Elisha, disse aos jornalistas que ainda não foi possível confirmar o número de sequestros porque ambas as comunidades estão sob o controle de Boko Haram.

— Neste momento, não podemos confirmar o número exato, mas estamos muito preocupados com a situação.

Na noite de quarta-feira (22), cinco pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas com a explosão de uma bomba na estação de ônibus da cidade de Azare, no Estado de Bauchi, um dos mais afetados pela violência de Boko Haram.

Esses ataques, somados à violência registrada em Borno no fim de semana anterior, colocam cada vez mais em dúvida a veracidade do cessar-fogo anunciado pelo Exército.

A Câmara dos Representantes aprovou na quarta-feira o pedido do presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, de destinar R$ 2,5 bilhões (US$ 1 bilhão) à aquisição de equipes militares para lutar contra o Boko Haram, informou o jornal Premium Times.

Essa não é a primeira vez que as Forças Armadas nigerianas anunciam um cessar-fogo com o grupo terrorista que resultou ser incerto.

O líder do grupo, Abubakar Shekau, já dado como morto em três ocasiões, mas voltou a reivindicar que estava vivo através de um vídeo divulgado no início de outubro.

Boko Haram, que significa "a educação não islâmica é pecado" em línguas locais, mantém uma campanha no país que já matou mais de 3.000 pessoas neste ano, segundo dados do governo nigeriano.

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