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Equipes de busca começam a considerar hipótese de avião desaparecido ter pousado em terra

Sem qualquer sinal dos destroços, cresce a possibilidade de que aeronave não caiu no mar

Internacional|Do R7

Voo MH-370 da Malaysia Airlines desapareceu no dia 8 de março
Voo MH-370 da Malaysia Airlines desapareceu no dia 8 de março

Semanas já se passaram desde que começou a procura pelo voo desaparecido da Malaysia Airlines, mas, até agora, ainda não há sinal dos destroços.

Se nenhuma pista for encontrada nos próximos dias, as equipes internacionais de busca declararam que terão que começar do zero os trabalhos, pois podem estar procurando no lugar errado.

Segundo o site britânico Daily Mail, a aparentemente impossível hipótese de que o avião pousou em algum lugar começou a ser considerada.

Afinal, se nenhum destroço foi encontrado até agora, a versão de que o avião caiu no oceano Índico começa a ser colocada em dúvida.


“Se não tivermos nenhum resultado positivo nos próximos dias, teremos que nos reorganizar para pesquisar essa possibilidade”, disse na terça-feira (22) ao jornal malaio New Straits Times uma fonte dentro da Equipe de Investigação Internacional. “A ideia de que o avião posou em outro lugar não é absurda, pois nós não encontramos até agora nenhum destroço no oceano que poderia ser do MH-370”.

A fonte, porém, não dá pistas sobre o país em que a aeronave possa ter pousado ou caído. Mas acrescenta que “parece absurda a possibilidade de que um país específico esteja escondendo o avião quando mais de 20 nações estão procurando por ele”.


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No entanto, admitiu que é muito difícil determinar se o voo realmente terminou no oceano Índico, ainda que os cálculos oficiais apontaram nesta direção.

No início das buscas, o Daily Mail também noticiou que pescadores e camponeses do nordeste da Malásia declaram ter visto (ou ouvido) uma aeronave voando muito baixo no momento em que o MH-370 perdeu o contato com o controle terrestre.

As buscas pelo avião estão concentradas em uma região no sul do oceano Índico, perto da costa oeste da Austrália.

As descrições de uma máquina muito barulhenta e faróis parecidos com os que uma aeronave emite antes de pousar de noite sugerem que o avião estaria voando para o oeste, por cima da selva, muito rápido e em baixa altitude.

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As equipes de busca se focaram em comunicações de satélite, que não proveram nenhuma informação definitiva, como a direção da aeronave, altitude e velocidade. A fonte disse ao New Straits Times: “Um satélite de comunicações é feito para comunicar... o nome é autoexplicativo”.

A razão pela qual os investigadores precisaram adotar um novo algoritmo para calcular a última posição conhecida da aeronave foi o fato de nenhum GPS estar seguindo o avião após o transponder parar de funcionar, 45 minutos depois do início do voo.

A fonte ainda acrescentou que a equipe internacional estava enviando mais navios e aeronaves para a região de busca e assim como ampliar a área, pois existe o temor de que todos estejam procurando o MH-370 no lugar errado.

“Nós não podemos focar tanto tempo em um lugar, pois o oceano é muito grande, ainda que as equipes de busca tenham seguido as ordens recebidas. Só com muita sorte poderemos encontrar os destroços usando o Bluefin-21 [submarino de buscas americano]”.

“Não há nenhuma evidência física e nós estamos desde o primeiro dia dependendo de cálculos científicos”.

Com as buscas chegando ao 45º dia, as autoridades malaias acreditam que mais países podem compartilhar seus satélites e dados de radares cruciais. Elas acreditam que não recebem o máximo de informações dos países envolvidos. Para elas, apenas dados brutos sobre as buscas são oferecidos. 

O governo malaio pediu ao governo norte-americano que disponibilizasse os dados recolhidos pela base secreta americana Pine Gap, no interior da Austrália. O pedido foi negado porque os Estados Unidos disseram que nenhum contato foi feito com o avião desaparecido.

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