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Ativista denuncia drama do casamento infantil em país africano

Ela quer acabar com a prática, aprovada pela Constituição do Maláui

Internacional|Do R7

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O casamento infantil é uma prática comum em países da África. Maláui é um dos principais e, por considerar que a prática é uma imposição ao futuro destas meninas com menos de 18 anos, a ativista Seodi White luta para abolir este hábito enraizado no país Presidente da Namíbia ganha prêmio por bom governo na África
Em declaração à CNN, Seodi, advogada e e defensora dos direitos das mulheres, diz estar empenhada em fazer com que as meninas não desistam mais de uma Educação que lhes será preciosa, para se casar no início da adolescência
Ela faz parte de uma consultoria, a Maxi Change 360 Degrees, que busca mudanças em várias questões da sociedade e, como pesquisadora, criou um método para tentar desfazer o mito de que meninas são como mulheres no Maláui
Há 15 anos, quando fazia uma pesquisa sobre mulheres, ela se surpreendeu quando, após conversar com um chefe de um vilarejo local, ele lhe apresentou meninas para falarem sobre a vida das mulheres
Quando questionado sobre isso, ela conta que ouviu como resposta: "mas estas são as nossas mulheres; olhe, elas têm bebês com elas e  são todas casadas"
Isso motivou a advogada em uma luta contra esta situação que ela considera dramática para as mulheres locais, pois mina a autoestima e a identidade. Muitas delas se tornam também vítimas de atrocidades dos maridos, que se consideram seus donos
Ela diz que o casamento de meninas inevitavelmente significa maternidade precoce e riscos mais elevados de mortalidade materna. Além disso estudos têm mostrado que este tipo de casamento é um fator de risco para a transmissão do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis, já que as meninas não têm poder para negociar o sexo seguro com homens mais velhos
A violência contra as mulheres é uma realidade no mundo inteiro e na África, inclusive, em Maláui, estas questões são ainda mais acentuadas
Seodi se disse horrorizada em saber que o Maláui tem uma das mais altas taxas de casamento infantil no mundo, estando em oitavo entre os 20 que mais têm esta prática. 
Em 2010, metade das mulheres (50%) com idade entre 20 e 24 anos casou-se ou se uniu antes dos 18 anos, enquanto que, em relação aos homens, isto ocorreu com 6,4%. E 12% das mulheres se casaram antes dos 15 anos em comparação com apenas 1,2% dos homens
A Constituição do Maláui não obedece as normas da ONU em relação à definição de infância. Para a lei do país africano, a idade que marca o fim da infância é 16 anos, contra 18 anos estipulada pela ONU
Para Seodi, apesar de já ter havido no país algumas medidas de proteção às crianças, casamentos infantis até agora têm sido considerados legais em Maláui. — Não há nenhuma especificação que afirme que este casamento é proibido
Isto já começou a mudar neste mês de fevereiro, quando o parlamento do país passou a proibir o casamento de qualquer pessoa com menos de 18 anos. A questão é que a prática ainda é algo cultural em Maláui
A advogada ainda está insatisfeita com a decisão, já que a Constituição não foi alterada e permanece estabelecendo a idade de 16 anos como limite para a infância
Seodi afirmou que não vai desistir enquanto não ver este costume desfeito, na teoria e na prática. — O casamento infantil é uma garantia de pobreza entre as meninas no meu país e eu quero que isso acabe. Sem ressalvas

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O casamento infantil é uma prática comum em países da África. Maláui é um dos principais e, por considerar que a prática é uma imposição ao futuro destas meninas com menos de 18 anos, a ativista Seodi White luta para abolir este hábito enraizado no país Presidente da Namíbia ganha prêmio por bom governo na África
Em declaração à CNN, Seodi, advogada e e defensora dos direitos das mulheres, diz estar empenhada em fazer com que as meninas não desistam mais de uma Educação que lhes será preciosa, para se casar no início da adolescência
Ela faz parte de uma consultoria, a Maxi Change 360 Degrees, que busca mudanças em várias questões da sociedade e, como pesquisadora, criou um método para tentar desfazer o mito de que meninas são como mulheres no Maláui
Há 15 anos, quando fazia uma pesquisa sobre mulheres, ela se surpreendeu quando, após conversar com um chefe de um vilarejo local, ele lhe apresentou meninas para falarem sobre a vida das mulheres
Quando questionado sobre isso, ela conta que ouviu como resposta: "mas estas são as nossas mulheres; olhe, elas têm bebês com elas e  são todas casadas"
Isso motivou a advogada em uma luta contra esta situação que ela considera dramática para as mulheres locais, pois mina a autoestima e a identidade. Muitas delas se tornam também vítimas de atrocidades dos maridos, que se consideram seus donos
Ela diz que o casamento de meninas inevitavelmente significa maternidade precoce e riscos mais elevados de mortalidade materna. Além disso estudos têm mostrado que este tipo de casamento é um fator de risco para a transmissão do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis, já que as meninas não têm poder para negociar o sexo seguro com homens mais velhos
A violência contra as mulheres é uma realidade no mundo inteiro e na África, inclusive, em Maláui, estas questões são ainda mais acentuadas
Seodi se disse horrorizada em saber que o Maláui tem uma das mais altas taxas de casamento infantil no mundo, estando em oitavo entre os 20 que mais têm esta prática. 
Em 2010, metade das mulheres (50%) com idade entre 20 e 24 anos casou-se ou se uniu antes dos 18 anos, enquanto que, em relação aos homens, isto ocorreu com 6,4%. E 12% das mulheres se casaram antes dos 15 anos em comparação com apenas 1,2% dos homens
A Constituição do Maláui não obedece as normas da ONU em relação à definição de infância. Para a lei do país africano, a idade que marca o fim da infância é 16 anos, contra 18 anos estipulada pela ONU
Para Seodi, apesar de já ter havido no país algumas medidas de proteção às crianças, casamentos infantis até agora têm sido considerados legais em Maláui. — Não há nenhuma especificação que afirme que este casamento é proibido
Isto já começou a mudar neste mês de fevereiro, quando o parlamento do país passou a proibir o casamento de qualquer pessoa com menos de 18 anos. A questão é que a prática ainda é algo cultural em Maláui
A advogada ainda está insatisfeita com a decisão, já que a Constituição não foi alterada e permanece estabelecendo a idade de 16 anos como limite para a infância
Seodi afirmou que não vai desistir enquanto não ver este costume desfeito, na teoria e na prática. — O casamento infantil é uma garantia de pobreza entre as meninas no meu país e eu quero que isso acabe. Sem ressalvas

O casamento infantil é uma prática comum em países da África. Maláui é um dos principais e, por considerar que a prática é uma imposição ao futuro destas meninas com menos de 18 anos, a ativista Seodi White luta para abolir este hábito enraizado no país Presidente da Namíbia ganha prêmio por bom governo na África

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