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Guerra x gravidez: refugiadas sírias enfrentam dificuldades em campo de refúgio

MSF amplia unidade para atender mães sem condições para pagar hospital

Internacional|Do R7

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Mais de 65 anos depois de sua criação, as vidas dos moradores do campo de refugiados de Shatila, ao sul de Beirute, no Líbano, permanecem em suspenso, no limbo, sem um estado próprio e com poucos direitos.  Enquanto isso, novas gerações crescem em um lugar criado sem a intenção de ser um assentamento permanente
Iman, mãe de quatro filhos, carrega um de seus bebês na porta da unidade de maternidade do MSF (Médicos Sem Fronteiras), no campo de Shatila.  Ela já vivia como refugiada no Líbano há três anos, depois de fugir da guerra da Síria. Ela regularmente vai para a maternidade para verificar e acompanhar a saúde do bebê. “Não temos nada. Meu marido não tem trabalho estável e lutamos cada mês para sobreviver”, disse Iman ao El Diario
Uma refugiada síria espera consulta na maternidade do MSF em Shatila. A chegada dos refugiados sírios aumentou consideravelmente a população do campo criado, originalmente, para refugiados palestinos e que se caracteriza por ruas estreitas e labirínticas. Depois de quatro anos de guerra no país vizinho, o Líbano acolhe 1,2 milhão de refugiados sírios
O Acnur estima que 70% das 42 mil crianças nascidas de pais sírios no Líbano desde o início da guerra na Síria, em 2011, não estão registrados e, portanto, expostos ao risco e uma vida como apátridas. Uma mulher síria carrega seu filho nos braços, na sala de espera da unidade de maternidade do MSF, no campo de Shatila
Uma enfermeira realiza os primeiros exames médicos no bebê logo após o nascimento. Com frequência as famílias sírias não têm nem dinheiro, e nem os documentos necessários para poder registrar os recém-nascidos
Uma médica do MSF se prepara para atender uma gestante. Para a maioria dos novos residentes do campo de Shatila, pagar os serviços médicos é um luxo que não podem permitir-se. O atendimento gratuito proporcionado pelo MSF é vital para eles
Uma enfermeira examina um bebê na maternidade do MSF em Shatila. O registro dos recém-nascidos é muito complicado para os refugiados sírios no Líbano. A maioria não tem documentos porque fugiu às pressas, esqueceram ou foram destruídos juntos com suas casas, durante os bombardeios. Sem a certidão de casamento dos pais, a criança não pode ser registrada. O processo é complicado, requer várias visitas a administração libanesa e dinheiro para pagar as taxas
Cathy Janssens, supervisora da unidade de maternidade do MSF em Shatila, ajuda em um parto. “Os refugiados sírios têm muitíssimas dificuldades para conseguir tratamento nos hospitais de Beirute. Lembro quando um pai pediu ajuda. Esteva tentando atendimento para sua mulher grávida em cinco hospitais diferentes em Beirute, mas nenhum deles o aceitaram. O melhor do meu trabalho acontece quando, durante o parto, a mãe segura minha mão e me olha fixamente enquanto eu ajudo. Esperando ansiosamente ouvir o grito de uma nova vida que chega ao mundo. Uma vida difícil, dura e injusta, mas, ao menos, este é o mínimo que podemos dar”
A palestina Nasreen nasceu e cresceu em Shatila. Durante os últimos 10 anos trabalhou como assistente social e, atualmente, trabalha com o MSF na unidade de Shatila. Seu trabalho consiste em ir de porta em porta tentando identificar se há alguma emergência médica
A palestina Nasreen nasceu e cresceu em Shatila. Durante os últimos 10 anos trabalhou como assistente social e, atualmente, trabalha com o MSF na unidade de Shatila. Seu trabalho consiste em ir de porta em porta tentando identificar se há alguma emergência médica
Um raio de luz entra através de uma janela enferrujada e ilumina a silhueta de L., mãe de seis filhos, ela fugiu da guerra da Sìria há um ano. “Havia muito sofrimento, muita dor...”  Ela decidiu se mudar para o campo de Shatila com sua família para poder encontrar um lugar para viver e que tivesse um aluguel acessível. Ela paga mais de R$ 900. Fora dos campos de refugiados é muito difícil encontrar um lugar para viver por menos de R$ 2.500. Seu marido encontra trabalho temporário, mas não ganha o suficiente para alimentar a família. L. vai regularmente ao centro de saúde do MSF em Shatila, procurando cuidados para ela e sua família
Um ursinho de pelúcia jogado sobre o telhado de uma humilde casa em Shatila. Os barracos invadem becos tão estreitos que deixam ver apenas uma pequena porção do céu, através dos fios, a roupa estendida e as casas de amálgama

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Mais de 65 anos depois de sua criação, as vidas dos moradores do campo de refugiados de Shatila, ao sul de Beirute, no Líbano, permanecem em suspenso, no limbo, sem um estado próprio e com poucos direitos.  Enquanto isso, novas gerações crescem em um lugar criado sem a intenção de ser um assentamento permanente
Iman, mãe de quatro filhos, carrega um de seus bebês na porta da unidade de maternidade do MSF (Médicos Sem Fronteiras), no campo de Shatila.  Ela já vivia como refugiada no Líbano há três anos, depois de fugir da guerra da Síria. Ela regularmente vai para a maternidade para verificar e acompanhar a saúde do bebê. “Não temos nada. Meu marido não tem trabalho estável e lutamos cada mês para sobreviver”, disse Iman ao El Diario
Uma refugiada síria espera consulta na maternidade do MSF em Shatila. A chegada dos refugiados sírios aumentou consideravelmente a população do campo criado, originalmente, para refugiados palestinos e que se caracteriza por ruas estreitas e labirínticas. Depois de quatro anos de guerra no país vizinho, o Líbano acolhe 1,2 milhão de refugiados sírios
O Acnur estima que 70% das 42 mil crianças nascidas de pais sírios no Líbano desde o início da guerra na Síria, em 2011, não estão registrados e, portanto, expostos ao risco e uma vida como apátridas. Uma mulher síria carrega seu filho nos braços, na sala de espera da unidade de maternidade do MSF, no campo de Shatila
Uma enfermeira realiza os primeiros exames médicos no bebê logo após o nascimento. Com frequência as famílias sírias não têm nem dinheiro, e nem os documentos necessários para poder registrar os recém-nascidos
Uma médica do MSF se prepara para atender uma gestante. Para a maioria dos novos residentes do campo de Shatila, pagar os serviços médicos é um luxo que não podem permitir-se. O atendimento gratuito proporcionado pelo MSF é vital para eles
Uma enfermeira examina um bebê na maternidade do MSF em Shatila. O registro dos recém-nascidos é muito complicado para os refugiados sírios no Líbano. A maioria não tem documentos porque fugiu às pressas, esqueceram ou foram destruídos juntos com suas casas, durante os bombardeios. Sem a certidão de casamento dos pais, a criança não pode ser registrada. O processo é complicado, requer várias visitas a administração libanesa e dinheiro para pagar as taxas
Cathy Janssens, supervisora da unidade de maternidade do MSF em Shatila, ajuda em um parto. “Os refugiados sírios têm muitíssimas dificuldades para conseguir tratamento nos hospitais de Beirute. Lembro quando um pai pediu ajuda. Esteva tentando atendimento para sua mulher grávida em cinco hospitais diferentes em Beirute, mas nenhum deles o aceitaram. O melhor do meu trabalho acontece quando, durante o parto, a mãe segura minha mão e me olha fixamente enquanto eu ajudo. Esperando ansiosamente ouvir o grito de uma nova vida que chega ao mundo. Uma vida difícil, dura e injusta, mas, ao menos, este é o mínimo que podemos dar”
A palestina Nasreen nasceu e cresceu em Shatila. Durante os últimos 10 anos trabalhou como assistente social e, atualmente, trabalha com o MSF na unidade de Shatila. Seu trabalho consiste em ir de porta em porta tentando identificar se há alguma emergência médica
A palestina Nasreen nasceu e cresceu em Shatila. Durante os últimos 10 anos trabalhou como assistente social e, atualmente, trabalha com o MSF na unidade de Shatila. Seu trabalho consiste em ir de porta em porta tentando identificar se há alguma emergência médica
Um raio de luz entra através de uma janela enferrujada e ilumina a silhueta de L., mãe de seis filhos, ela fugiu da guerra da Sìria há um ano. “Havia muito sofrimento, muita dor...”  Ela decidiu se mudar para o campo de Shatila com sua família para poder encontrar um lugar para viver e que tivesse um aluguel acessível. Ela paga mais de R$ 900. Fora dos campos de refugiados é muito difícil encontrar um lugar para viver por menos de R$ 2.500. Seu marido encontra trabalho temporário, mas não ganha o suficiente para alimentar a família. L. vai regularmente ao centro de saúde do MSF em Shatila, procurando cuidados para ela e sua família
Um ursinho de pelúcia jogado sobre o telhado de uma humilde casa em Shatila. Os barracos invadem becos tão estreitos que deixam ver apenas uma pequena porção do céu, através dos fios, a roupa estendida e as casas de amálgama

Mais de 65 anos depois de sua criação, as vidas dos moradores do campo de refugiados de Shatila, ao sul de Beirute, no Líbano, permanecem em suspenso, no limbo, sem um estado próprio e com poucos direitos.  Enquanto isso, novas gerações crescem em um lugar criado sem a intenção de ser um assentamento permanente

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