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Indústria de armas americana mira o público infantil para fidelizar compradores

Internacional|Do R7

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O número de famílias americanas que admitem ter armas em casa caiu mais de 40% entre 1977 e 2010, de acordo com levantamento feito pelo centro de pesquisas da Universidade de Chicago. Para reverter essa tendência de queda, a indústria de armas de fogo dos EUA vem, nos últimos anos, mirando um alvo cruel e vulnerável: o público infantil
Na conferência deste ano da National Rifle Association (Associação Nacional do Rifle), realizada este mês nos EUA, houve um dia especialmente feito para as crianças. Segundo a organização, os pequenos poderiam se divertir com as “espetaculares demonstrações” de armamentos, ganhar seis meses de adesão grátis e ainda ter a chance de disparar rifles de verdade em um estande.   Foi durante o evento que a menina Elaih Wagan, de apenas três anos, virou membro vitalício da NRA, se transformando na mais jovem associada da história. Elaih ganhou o título de presente de seu avô
A relação entre o público infantil e as armas, no entanto, tem sido responsável também por catástrofes. Só na última semana, três crianças se envolveram em acidentes no Texas, sendo um deles fatal. Um menino de dois anos, morador de Corsicana, deu um tiro na própria cabeça na última quarta-feira (8), depois de encontrar a arma do pai em casa. Allen Davis foi levado com vida para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos
Em outro caso, um menino de oito anos atirou e matou acidentalmente um amigo de cinco anos com um rifle calibre .22. O acidente aconteceu no último sábado (11) e a criança morreu no hospital na segunda-feira (13). Os meninos, que não tiveram seus nomes divulgados, estavam brincando no quarto. Segundo a polícia, dois adultos e um adolescente estavam na casa no momento do acidente
E no início do mês, um menino de cinco anos matou acidentalmente a irmã de dois anos. O menino brincava com um rifle infantil que havia ganhado de presente. Caroline Starks levou um tiro fatal no peito, vindo da arma calibre .22 chamada My First Rifle (Meu Primeiro Rifle), produzida pela Keystone Sporting Arms
Em 2008, a NRA lançou uma revista virtual chamada InSights, direcionada especialmente para as crianças. Além da organização, fabricantes de armas americanos também estão mirando os pequenos com propagandas que mais parecem anúncios de brinquedos. A Savage Arms, por exemplo, lançou a campanha acima para vender o Rascal, um rifle disponível em várias cores
Um anúncio publicado na Junior Shooters, apresenta uma arma “para deixar o papai com ciúmes”. Embora acidentes envolvendo crianças sejam responsáveis por uma porcentagem baixa entre os problemas com armas, eles estão nos noticiários com uma certa frequência. Tiros não fatais são os mais comuns. Segundo fontes americanas, a cada ano, 3.000 crianças precisam tratar ferimentos a bala. Na maioria dos casos, as crianças tinham familiaridade com a arma usada no acidente — tinham acesso a elas dentro de casa ou elas pertenciam a algum parente próximo. Um estudo da Universidade de Harvard mostra ainda que 22% dos filhos de pais que têm armas em casa já as usaram sem que os responsáveis soubessem 

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O número de famílias americanas que admitem ter armas em casa caiu mais de 40% entre 1977 e 2010, de acordo com levantamento feito pelo centro de pesquisas da Universidade de Chicago. Para reverter essa tendência de queda, a indústria de armas de fogo dos EUA vem, nos últimos anos, mirando um alvo cruel e vulnerável: o público infantil
Na conferência deste ano da National Rifle Association (Associação Nacional do Rifle), realizada este mês nos EUA, houve um dia especialmente feito para as crianças. Segundo a organização, os pequenos poderiam se divertir com as “espetaculares demonstrações” de armamentos, ganhar seis meses de adesão grátis e ainda ter a chance de disparar rifles de verdade em um estande.   Foi durante o evento que a menina Elaih Wagan, de apenas três anos, virou membro vitalício da NRA, se transformando na mais jovem associada da história. Elaih ganhou o título de presente de seu avô
A relação entre o público infantil e as armas, no entanto, tem sido responsável também por catástrofes. Só na última semana, três crianças se envolveram em acidentes no Texas, sendo um deles fatal. Um menino de dois anos, morador de Corsicana, deu um tiro na própria cabeça na última quarta-feira (8), depois de encontrar a arma do pai em casa. Allen Davis foi levado com vida para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos
Em outro caso, um menino de oito anos atirou e matou acidentalmente um amigo de cinco anos com um rifle calibre .22. O acidente aconteceu no último sábado (11) e a criança morreu no hospital na segunda-feira (13). Os meninos, que não tiveram seus nomes divulgados, estavam brincando no quarto. Segundo a polícia, dois adultos e um adolescente estavam na casa no momento do acidente
E no início do mês, um menino de cinco anos matou acidentalmente a irmã de dois anos. O menino brincava com um rifle infantil que havia ganhado de presente. Caroline Starks levou um tiro fatal no peito, vindo da arma calibre .22 chamada My First Rifle (Meu Primeiro Rifle), produzida pela Keystone Sporting Arms
Em 2008, a NRA lançou uma revista virtual chamada InSights, direcionada especialmente para as crianças. Além da organização, fabricantes de armas americanos também estão mirando os pequenos com propagandas que mais parecem anúncios de brinquedos. A Savage Arms, por exemplo, lançou a campanha acima para vender o Rascal, um rifle disponível em várias cores
Um anúncio publicado na Junior Shooters, apresenta uma arma “para deixar o papai com ciúmes”. Embora acidentes envolvendo crianças sejam responsáveis por uma porcentagem baixa entre os problemas com armas, eles estão nos noticiários com uma certa frequência. Tiros não fatais são os mais comuns. Segundo fontes americanas, a cada ano, 3.000 crianças precisam tratar ferimentos a bala. Na maioria dos casos, as crianças tinham familiaridade com a arma usada no acidente — tinham acesso a elas dentro de casa ou elas pertenciam a algum parente próximo. Um estudo da Universidade de Harvard mostra ainda que 22% dos filhos de pais que têm armas em casa já as usaram sem que os responsáveis soubessem 

O número de famílias americanas que admitem ter armas em casa caiu mais de 40% entre 1977 e 2010, de acordo com levantamento feito pelo centro de pesquisas da Universidade de Chicago. Para reverter essa tendência de queda, a indústria de armas de fogo...

O número de famílias americanas que admitem ter armas em casa caiu mais de 40% entre 1977 e 2010, de acordo com levantamento feito pelo centro de pesquisas da Universidade de Chicago. Para reverter essa tendência de queda, a indústria de armas de fogo dos EUA vem, nos últimos anos, mirando um alvo cruel e vulnerável: o público infantil

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