Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Megaoperação transforma Malala em ativista conhecida mundialmente e disputada por jornalistas

Para entrevistar a paquistanesa de 16 anos é preciso esperar cerca de dois meses

Internacional|djsilva

Publicidade
A adolescente e ativista dos direitos humanos Malala Yousafzai, que se tornou um símbolo do direito à educação das meninas depois que talebans tentaram assassiná-la em 2012, se converteu em uma fabulosa porta-voz dos direitos humanos graças, em parte, à formidável operação de relações públicas desenvolvida em torno dela. Malala, de apenas 16 anos, era uma forte candidata ao Prêmio Nobel da Paz deste ano, pronunciou um discurso na ONU, publicou uma autobiografia, foi convidada a tomar chá com a rainha Elizabeth 2ª da Inglaterra e recebeu o prestigiado prêmio Sakharov dos direitos humanos, concedido pela União Europeia. Saiba mais nas imagens a seguir
Malala e sua família recebem ajuda quando se trata de combinar sua recuperação do tiro que a atingiu na cabeça há um ano com sua educação e com as atividades próprias de uma jovem celebridade, como atender aos pedidos de entrevistas de meios de comunicação de todo o mundo. Uma das principais empresas de relações públicas do mundo, a Edelman, tem uma equipe trabalhando para ela. Na imagem acima, Malala discursa na ONU, no dia de seu 16º aniversário
A pedido do pai de Malala, Ziauddin Yousafzai (foto), um diretor de escola e ativista pela educação, Shiza Shahid, amiga da família, foi escolhida para presidir o Fundo Malala, a organização que administra a campanha da jovem em prol da educação e que tem entre seus doadores a atriz americana Angelina Jolie. A maquinaria Malala cresceu em novembro de 2012, quando a agência de relações públicas Edelman, que tem entre seus clientes empresas como Starbucks e Microsoft, começou a trabalhar com a família
Um porta-voz da Edelman disse que não cobram nada pelos serviços que prestam e que disponibilizam uma equipe de cinco pessoas para apoiar Malala. A agência ressaltou que seu papel "é principalmente o de atuar como gabinete de imprensa da família e de gerir todo o interesse público e dos meios de comunicação na campanha de Malala". Segundo a empresa, há uma lista de espera de dois meses para entrevistar a jovem
A atenção mundial em torno de Malala foi mal recebida por alguns no Paquistão, que a acusam de ser um fantoche do Ocidente. Na Europa também há os que não aprovam tanta exibição. "Pode ser uma carga. Impor isso a uma menina talvez não seja ético", disse Tilman Brueck, diretor do Instituto de Pesquisa sobre a Paz (SIPRI), de Estocolmo. "Meu mundo mudou, mas eu não", explica Malala em sua autobiografia
Os parentes da menina negam, como se afirma no Paquistão, que a estejam manipulando. "Ninguém tem motivos ocultos, todo o dinheiro se destina à caridade, não há agenda política e ainda é uma pessoa religiosa e dedicada ao seu país", disse Jonathan Yeo, um pintor britânico cujo retrato de Malala (foto) integra a National Portrait Gallery de Londres
Na última quinta-feira (10), a ativista declarou que gostaria de ser primeira-ministra do Paquistão para "salvar" seu país, em entrevista à rede de televisão CNN. — Gostaria de me tornar primeira-ministra do Paquistão. Poderia dedicar boa parte do orçamento à educação e me concentraria nas Relações Exteriores. Acima, a autobiografia da jovem Eu sou Malala
Esta semana, os talebans voltaram a ameaçar Malala e prometeram que vão atacá-la novamente se tiverem uma chance. Shahidullah Shahid, porta-voz do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), a facção paquistanesa dos talebans, afirmou que o grupo tentará matá-la de novo. "Nós a atacaremos de novo assim que tivermos uma chance", afirmou Shahid. — Nós atacamos Malala porque ela falava contra os talebans e o Islã e não porque ela ia à escola
Quando tinha 11 anos, Malala escreveu um blog, sob o pseudônimo de Gul Makai, na página da BBC, no qual denunciava os abusos dos talebans, que controlavam a região de Swat, onde ela vivia, no noroeste do país, e lutava pelo direito das paquistanesas de frequentarem a escola. Alguns anos depois, no dia 9 de outubro do ano passado, talebans armados tentaram matar a menina, então com 15 anos, quando ela se encontrava num ônibus escolar. Ela sobreviveu ao atentado e transformou-se numa espécie de embaixadora global do direito de todas as meninas ao estudo
No Vale de Swat, no noroeste do país profundamente conservador, onde muitas vezes se espera que as mulheres fiquem em casa para cozinhar e criar os filhos, as autoridades afirmam que apenas metade das meninas frequentam a escola — embora este número fosse ainda menor, de 34%, segundo dados de 2011. Malala foi levada para a Grã-Bretanha para ser tratada após o ataque e agora frequenta uma escola na cidade de Birmingham
No primeiro aniversário do tiroteio, que quase custou a vida de Malala, sua antiga escola em Mingora foi fechada para marcar a ocasião. "Todos os setores da nossa escola foram fechados para expressar solidariedade a Malala no aniversário do ataque contra ela", declarou um professor da Escola Pública Khushhal sem se identificar

1 / 11

A adolescente e ativista dos direitos humanos Malala Yousafzai, que se tornou um símbolo do direito à educação das meninas depois que talebans tentaram assassiná-la em 2012, se converteu em uma fabulosa porta-voz dos direitos humanos graças, em parte, à formidável operação de relações públicas desenvolvida em torno dela. Malala, de apenas 16 anos, era uma forte candidata ao Prêmio Nobel da Paz deste ano, pronunciou um discurso na ONU, publicou uma autobiografia, foi convidada a tomar chá com a rainha Elizabeth 2ª da Inglaterra e recebeu o prestigiado prêmio Sakharov dos direitos humanos, concedido pela União Europeia. Saiba mais nas imagens a seguir
Malala e sua família recebem ajuda quando se trata de combinar sua recuperação do tiro que a atingiu na cabeça há um ano com sua educação e com as atividades próprias de uma jovem celebridade, como atender aos pedidos de entrevistas de meios de comunicação de todo o mundo. Uma das principais empresas de relações públicas do mundo, a Edelman, tem uma equipe trabalhando para ela. Na imagem acima, Malala discursa na ONU, no dia de seu 16º aniversário
A pedido do pai de Malala, Ziauddin Yousafzai (foto), um diretor de escola e ativista pela educação, Shiza Shahid, amiga da família, foi escolhida para presidir o Fundo Malala, a organização que administra a campanha da jovem em prol da educação e que tem entre seus doadores a atriz americana Angelina Jolie. A maquinaria Malala cresceu em novembro de 2012, quando a agência de relações públicas Edelman, que tem entre seus clientes empresas como Starbucks e Microsoft, começou a trabalhar com a família
Um porta-voz da Edelman disse que não cobram nada pelos serviços que prestam e que disponibilizam uma equipe de cinco pessoas para apoiar Malala. A agência ressaltou que seu papel "é principalmente o de atuar como gabinete de imprensa da família e de gerir todo o interesse público e dos meios de comunicação na campanha de Malala". Segundo a empresa, há uma lista de espera de dois meses para entrevistar a jovem
A atenção mundial em torno de Malala foi mal recebida por alguns no Paquistão, que a acusam de ser um fantoche do Ocidente. Na Europa também há os que não aprovam tanta exibição. "Pode ser uma carga. Impor isso a uma menina talvez não seja ético", disse Tilman Brueck, diretor do Instituto de Pesquisa sobre a Paz (SIPRI), de Estocolmo. "Meu mundo mudou, mas eu não", explica Malala em sua autobiografia
Os parentes da menina negam, como se afirma no Paquistão, que a estejam manipulando. "Ninguém tem motivos ocultos, todo o dinheiro se destina à caridade, não há agenda política e ainda é uma pessoa religiosa e dedicada ao seu país", disse Jonathan Yeo, um pintor britânico cujo retrato de Malala (foto) integra a National Portrait Gallery de Londres
Na última quinta-feira (10), a ativista declarou que gostaria de ser primeira-ministra do Paquistão para "salvar" seu país, em entrevista à rede de televisão CNN. — Gostaria de me tornar primeira-ministra do Paquistão. Poderia dedicar boa parte do orçamento à educação e me concentraria nas Relações Exteriores. Acima, a autobiografia da jovem Eu sou Malala
Esta semana, os talebans voltaram a ameaçar Malala e prometeram que vão atacá-la novamente se tiverem uma chance. Shahidullah Shahid, porta-voz do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), a facção paquistanesa dos talebans, afirmou que o grupo tentará matá-la de novo. "Nós a atacaremos de novo assim que tivermos uma chance", afirmou Shahid. — Nós atacamos Malala porque ela falava contra os talebans e o Islã e não porque ela ia à escola
Quando tinha 11 anos, Malala escreveu um blog, sob o pseudônimo de Gul Makai, na página da BBC, no qual denunciava os abusos dos talebans, que controlavam a região de Swat, onde ela vivia, no noroeste do país, e lutava pelo direito das paquistanesas de frequentarem a escola. Alguns anos depois, no dia 9 de outubro do ano passado, talebans armados tentaram matar a menina, então com 15 anos, quando ela se encontrava num ônibus escolar. Ela sobreviveu ao atentado e transformou-se numa espécie de embaixadora global do direito de todas as meninas ao estudo
No Vale de Swat, no noroeste do país profundamente conservador, onde muitas vezes se espera que as mulheres fiquem em casa para cozinhar e criar os filhos, as autoridades afirmam que apenas metade das meninas frequentam a escola — embora este número fosse ainda menor, de 34%, segundo dados de 2011. Malala foi levada para a Grã-Bretanha para ser tratada após o ataque e agora frequenta uma escola na cidade de Birmingham
No primeiro aniversário do tiroteio, que quase custou a vida de Malala, sua antiga escola em Mingora foi fechada para marcar a ocasião. "Todos os setores da nossa escola foram fechados para expressar solidariedade a Malala no aniversário do ataque contra ela", declarou um professor da Escola Pública Khushhal sem se identificar

A adolescente e ativista dos direitos humanos Malala Yousafzai, que se tornou um símbolo do direito à educação das meninas depois que talebans tentaram assassiná-la em 2012, se converteu em uma fabulosa porta-voz dos direitos humanos graças, em parte, à formidável operação de relações públicas desenvolvida em torno dela. Malala, de apenas 16 anos, era uma forte candidata ao Prêmio Nobel da Paz deste ano, pronunciou um discurso na ONU, publicou uma autobiografia, foi convidada a tomar chá com a rainha Elizabeth 2ª da Inglaterra e recebeu o prestigiado prêmio Sakharov dos direitos humanos, concedido pela União Europeia. Saiba mais nas imagens a seguir

  • malala yousafzai
  • ativista
  • educação
  • paquistão
  • meninas
  • jovem
  • nobel
  • paz

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.