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Mutilação genital feminina vem caindo no mundo; conheça os países mais agressivos

Dados das Nações Unidas indicam uma queda no número de mulheres mutiladas, mas estima-se que ainda hoje existam 120 milhões de meninas e mulheres mutiladas pelo mundo

Internacional|Do R7

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O número de meninas e mulheres submetidas à mutilação genital feminina diminuiu 32% em 30 anos, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (6), Dia Mundial de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Os números mostram que as novas gerações são menos vulneráveis a essa prática, considerada pela ONU uma violação dos direitos humanos.   Em 29 países da África e do Oriente Médio, onde se concentra a mutilação genital feminina, 36% das meninas entre 15 e 19 anos foram mutiladas, em média. Já entre as mulheres de 45 a 49 anos, esse número chega a 53%, o que indica que as novas gerações estão menos sujeitas à prática. Apesar da redução, estima-se que existam hoje 120 milhões de meninas e mulheres mutiladas no mundo. Saiba mais a seguir sobre a mutilação genital feminina e conheça os países que mais recorrem a essa prática
A redução de casos de mutilação é mais significativa em alguns países. No Quênia, por exemplo, as mulheres de 45 anos são três vezes mais mutiladas que as de 15.   Desde 2008, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas, 10 mil comunidades em 15 países, representando 8 milhões de pessoas, renunciaram à prática. O sétimo país do mundo que mais realiza essa prática é o Sudão (foto)
Dados das Nações Unidas do ano 2000 indicam que, entre mulheres de 15 e 49 anos, cerca de 90% foram mutiladas. A prática é extremamente dolorosa e traumática e é quase sempre realizada em meninas entre 0 e 15 anos de idade
Em 29 países da África e do Oriente Médio, onde se concentra a mutilação genital feminina, 35% das meninas entre 15 e 19 anos foram mutiladas, em média.   Já entre as mulheres de 45 a 49 anos, esse número chega a 53%
A expressão "mutilação genital feminina" refere-se a todos os procedimentos que envolvam a remoção parcial ou total dos órgãos genitais externos ou quaisquer danos infligidos aos órgãos genitais femininos por motivos não médicos.   Existem quatro tipos de mutilação: remoção parcial ou total do clitóris e/ou do prepúcio; remoção parcial ou total do clitóris e dos pequenos lábios, com ou sem excisão dos grandes lábios; estreitamento do orifício vaginal por meio da criação de uma membrana selante; outras intervenções por razões não médicas, como punção, perfuração, corte, escarificação e cauterização.   O quinto país do mundo onde mais se realiza a mutilação é Djibuti, onde 93,1% das mulheres de 15 a 49 anos foram mutiladas, segundo dados da ONU de 2006
No Sudão, que ocupa o sexto lugar da lista dos países mais perigosos do mundo árabe, meninas e mulheres são violentadas por seus maridos e até mesmo por soldados rebeldes. De acordo com um estudo feito por Leora Ward, da Unidade de Proteção de Mulheres e Empoderamento Técnico, da Comissão Internacional de Resgate, a maioria das mulheres tem medo de denunciar os abusos. Um vídeo chocante, divulgado no YouTube em meados de setembro, mostra uma mulher sendo açoitada por policiais do país
De acordo com o relatório Eliminação da Mutilação Genital Feminina, da Organização Mundial da Saúde, quase todas as meninas e mulheres submetidas à mutilação genital feminina sofrem de dores e hemorragias como consequência do ato. Os problemas a longo prazo incluem infertilidade, cistos, infecções no trato urinário, complicação no parto e necessidade de novas cirurgias. Cerca de 95,6% da população feminina da Guiné passou por esse processo, segundo dados de 2005. O país é o terceiro colocado na lista de países onde a mutilação é mais comum
Diferentemente da circuncisão masculina, que apresenta vantagens significativas para a saúde (como a redução do risco de infecção por HIV em aproximadamente 60%), a mutilação genital feminina é nociva. No Egito, onde 90% são mutiladas, a porcentagem das mulheres casadas que acreditam que a prática deve acabar mais que dobrou entre 1995 e 2008, passando de 13% para 28%
O número de pessoas posicionando-se contra a mutilação genital feminina vem crescendo em todo o mundo. Mas o Egito ainda é o segundo país que registra mais casos de mutilação, com 95,8% da população feminina vítima dessa prática
Na Somália, 97,9% das mulheres já sofreram algum tipo de mutilação genital. Entre as razões para a mutilação genital estão o controle do desejo sexual feminino, o que ajudaria a prevenir o adultério e outras práticas consideradas imorais, e a crença de que a mutilação preservaria a virgindade e a "pureza" da mulher
A Somália é o país onde mais acontecem casos de mutilação genital feminina, segundo dados de 2005 do relatório das Nações Unidas. Nessas culturas, a prática tornou-se uma parte importante da identidade cultural de meninas e mulheres, e pode transmitir um sentido de orgulho, de maturidade e de integração na comunidade. Além disso, as mulheres mutiladas teriam maior possibilidade de conseguir um bom casamento 
Historicamente, a prática predomina nas regiões oeste, leste e nordeste da África e em alguns países na Ásia e do Oriente Médio. Mas ela também acontece em certas comunidades imigrantes na América do Norte e na Europa. A modelo Waris Dirie (foto) sofreu mutilações quando tinha apenas 3 anos de idade e hoje é defensora do fim da prática da mutilação genital feminina. Ela criou uma fundação que leva seu nome e é embaixadora da ONU. Ela também escreveu vários livros sobre suas experiências e foi tema do filme Flor do Deserto, lançado em 2010 no Brasil

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O número de meninas e mulheres submetidas à mutilação genital feminina diminuiu 32% em 30 anos, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (6), Dia Mundial de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Os números mostram que as novas gerações são menos vulneráveis a essa prática, considerada pela ONU uma violação dos direitos humanos.   Em 29 países da África e do Oriente Médio, onde se concentra a mutilação genital feminina, 36% das meninas entre 15 e 19 anos foram mutiladas, em média. Já entre as mulheres de 45 a 49 anos, esse número chega a 53%, o que indica que as novas gerações estão menos sujeitas à prática. Apesar da redução, estima-se que existam hoje 120 milhões de meninas e mulheres mutiladas no mundo. Saiba mais a seguir sobre a mutilação genital feminina e conheça os países que mais recorrem a essa prática
A redução de casos de mutilação é mais significativa em alguns países. No Quênia, por exemplo, as mulheres de 45 anos são três vezes mais mutiladas que as de 15.   Desde 2008, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas, 10 mil comunidades em 15 países, representando 8 milhões de pessoas, renunciaram à prática. O sétimo país do mundo que mais realiza essa prática é o Sudão (foto)
Dados das Nações Unidas do ano 2000 indicam que, entre mulheres de 15 e 49 anos, cerca de 90% foram mutiladas. A prática é extremamente dolorosa e traumática e é quase sempre realizada em meninas entre 0 e 15 anos de idade
Em 29 países da África e do Oriente Médio, onde se concentra a mutilação genital feminina, 35% das meninas entre 15 e 19 anos foram mutiladas, em média.   Já entre as mulheres de 45 a 49 anos, esse número chega a 53%
A expressão "mutilação genital feminina" refere-se a todos os procedimentos que envolvam a remoção parcial ou total dos órgãos genitais externos ou quaisquer danos infligidos aos órgãos genitais femininos por motivos não médicos.   Existem quatro tipos de mutilação: remoção parcial ou total do clitóris e/ou do prepúcio; remoção parcial ou total do clitóris e dos pequenos lábios, com ou sem excisão dos grandes lábios; estreitamento do orifício vaginal por meio da criação de uma membrana selante; outras intervenções por razões não médicas, como punção, perfuração, corte, escarificação e cauterização.   O quinto país do mundo onde mais se realiza a mutilação é Djibuti, onde 93,1% das mulheres de 15 a 49 anos foram mutiladas, segundo dados da ONU de 2006
No Sudão, que ocupa o sexto lugar da lista dos países mais perigosos do mundo árabe, meninas e mulheres são violentadas por seus maridos e até mesmo por soldados rebeldes. De acordo com um estudo feito por Leora Ward, da Unidade de Proteção de Mulheres e Empoderamento Técnico, da Comissão Internacional de Resgate, a maioria das mulheres tem medo de denunciar os abusos. Um vídeo chocante, divulgado no YouTube em meados de setembro, mostra uma mulher sendo açoitada por policiais do país
De acordo com o relatório Eliminação da Mutilação Genital Feminina, da Organização Mundial da Saúde, quase todas as meninas e mulheres submetidas à mutilação genital feminina sofrem de dores e hemorragias como consequência do ato. Os problemas a longo prazo incluem infertilidade, cistos, infecções no trato urinário, complicação no parto e necessidade de novas cirurgias. Cerca de 95,6% da população feminina da Guiné passou por esse processo, segundo dados de 2005. O país é o terceiro colocado na lista de países onde a mutilação é mais comum
Diferentemente da circuncisão masculina, que apresenta vantagens significativas para a saúde (como a redução do risco de infecção por HIV em aproximadamente 60%), a mutilação genital feminina é nociva. No Egito, onde 90% são mutiladas, a porcentagem das mulheres casadas que acreditam que a prática deve acabar mais que dobrou entre 1995 e 2008, passando de 13% para 28%
O número de pessoas posicionando-se contra a mutilação genital feminina vem crescendo em todo o mundo. Mas o Egito ainda é o segundo país que registra mais casos de mutilação, com 95,8% da população feminina vítima dessa prática
Na Somália, 97,9% das mulheres já sofreram algum tipo de mutilação genital. Entre as razões para a mutilação genital estão o controle do desejo sexual feminino, o que ajudaria a prevenir o adultério e outras práticas consideradas imorais, e a crença de que a mutilação preservaria a virgindade e a "pureza" da mulher
A Somália é o país onde mais acontecem casos de mutilação genital feminina, segundo dados de 2005 do relatório das Nações Unidas. Nessas culturas, a prática tornou-se uma parte importante da identidade cultural de meninas e mulheres, e pode transmitir um sentido de orgulho, de maturidade e de integração na comunidade. Além disso, as mulheres mutiladas teriam maior possibilidade de conseguir um bom casamento 
Historicamente, a prática predomina nas regiões oeste, leste e nordeste da África e em alguns países na Ásia e do Oriente Médio. Mas ela também acontece em certas comunidades imigrantes na América do Norte e na Europa. A modelo Waris Dirie (foto) sofreu mutilações quando tinha apenas 3 anos de idade e hoje é defensora do fim da prática da mutilação genital feminina. Ela criou uma fundação que leva seu nome e é embaixadora da ONU. Ela também escreveu vários livros sobre suas experiências e foi tema do filme Flor do Deserto, lançado em 2010 no Brasil

O número de meninas e mulheres submetidas à mutilação genital feminina diminuiu 32% em 30 anos, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (6), Dia Mundial de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Os números mostram que as novas gerações são menos vulneráveis a essa prática, considerada pela ONU uma violação dos direitos humanos.   Em 29 países da África e do Oriente Médio, onde se concentra a mutilação genital feminina, 36% das meninas entre 15 e 19 anos foram mutiladas, em média. Já entre as mulheres de 45 a 49 anos, esse número chega a 53%, o que indica que as novas gerações estão menos sujeitas à prática. Apesar da redução, estima-se que existam hoje 120 milhões de meninas e mulheres mutiladas no mundo. Saiba mais a seguir sobre a mutilação genital feminina e conheça os países que mais recorrem a essa prática

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