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“O câncer não nos impediu de amar”, conta fotógrafo que comoveu o mundo com fotos da mulher doente

Ao R7, Angelo Merendino revela detalhes da união com Jen mais de um ano após a morte dela

Internacional|Do R7

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A história de amor de Angelo e Jennifer Merendino emocionou os internautas brasileiros. Centenas de mensagens, postadas nas redes sociais, celebraram o sentimento que ele nutriu pela mulher doente até o adeus, no fim de 2011. O fotógrafo comoveu o mundo ao mostrar a batalha da mulher contra o câncer de mama. Diante da repercussão das imagens, o R7 entrevistou Angelo Merendino nesta semana sobre a vida do casal em Nova York, a participação dos internautas na luta dos dois e os projetos atuais do fotógrafo. Hoje, aos 39 anos, Angelo mora em Cleveland, nos Estados Unidos, e pretende rodar o mundo mostrando as fotos de seu maior projeto, A Batalha Que Nós Não Escolhemos: a luta da minha mulher contra o câncer de mama. Texto e Entrevista: Diego Iraheta, do R7
Ciente do efeito que o ensaio fotográfico produz nas pessoas, Angelo revelou ao R7 como o sentimento dos dois conseguiu superar a dor do câncer. — Nós aproveitamos a vida da melhor forma possível — as coisas boas e ruins. Eu nunca me diverti tanto quanto quando estávamos juntos, mesmo nos tempos difíceis Leia os principais trechos da entrevista a seguir, clicando nas imagens do casal
R7: Você comoveu milhares de pessoas com o seu envolvimento na batalha de sua mulher contra o câncer. Quando vocês decidiram publicar as fotos na internet, a resposta foi imediata? Como você e Jen reagiram à “participação” dos outros na sua vida pessoal? Angelo Merendino: Quando eu comecei a tirar as fotos, minha única intenção era mostrar para nossa família e nossos amigos, pois sentíamos que eles não entendiam como a situação tinha ficado séria. Assim que postei as imagens na internet, recebi muitos e-mails de mulheres com câncer. Elas escreviam que Jen havia inspirado todas a não desistir. Nós recebemos e-mails de algumas mulheres que, inclusive, agendaram mamografia por causa da Jen. Ficamos muito tocados de sermos capazes de fazer algo que moveu os outros. Nós queríamos extrair algo bom de uma coisa ruim. Leia mais: Marido comove o mundo ao mostrar a luta da mulher contra o câncer de mama
Após publicar as imagens, houve algum momento de dúvida, hesitação da Jen ou até mesmo seu? Ou ela nunca se sentiu desconfortável com as fotos online? Jen era muito aberta em relação à experiência dela. Na verdade, ela até criou um blog para contar a experiência [do câncer]. Jen confiou em mim e sabia que minha prioridade número um era cuidar dela.
Nas fotos, a gente pode ver e sentir amor. É um ensaio fotográfico, mas também é a relação de vocês. Como você foi capaz de equilibrar esses dois papéis – o de fotógrafo e o de marido de uma mulher que estava morrendo? As pessoas dizem que você foi muito forte... Na verdade, eu procurava não pensar muito. Tudo que importava para mim era se Jen estava feliz e confortável. Nós nos aproximamos tanto e podíamos nos comunicar com poucas palavras. Nós nos amamos muito profundamente… Jen era tudo! Eu tirava fotos quando algo mexia comigo, quando eu sentia alguma coisa em meu coração. Sou muito sensível e sabia como a Jen estava se sentindo... Acho que segui meu coração.
No seu site, você revela que o tempo ao lado de Jen, apesar do câncer, foi “a melhor época da sua vida”. Como o amor pode superar a dor em uma situação tão delicada como essa que Jen e você enfrentaram? Jennifer e eu nos casamos no Central Park [no centro de Nova York] e, quando eu a vi percorrendo o caminho rumo ao altar, comecei a chorar imediatamente. Eu nunca imaginei que poderia amar tanto alguém e ser amado na mesma intensidade. Jennifer era tão especial, e ela amava com todo o coração. O sorriso dela era o sol para mim. E eu serei eternamente grato por cada momento que compartilhamos. E nós rimos tanto. Nós aproveitamos a vida da melhor forma possível — as coisas boas e ruins. Eu nunca me diverti tanto quanto quando estávamos juntos, mesmo nos tempos difíceis.
Você tem alguma foto preferida do ensaio A Batalha Que Nós Não Escolhemos? E ela? Creio que as nossas favoritas são todas aquelas em que nós dois estamos juntos.
Após a perda, em que circunstância você decidiu começar as exposições fotográficas de A Batalha Que Nós Não Escolhemos? Antes de Jen morrer, eu fiz uma exposição de nossas fotos. Foi importante para mim que isso tenha acontecido. Ela estava no hospital, então não pode participar. Mas ela ligou e conseguimos transmitir a voz dela por alto-falantes. Então, ela pode falar com o público. Muita gente estava comovida com nossa história, e eu decidi que queria continuar compartilhando. Leia mais: Marido comove o mundo ao mostrar a luta da mulher contra o câncer de mama
Você tem planos de mostrar suas fotos em exposições na América do Sul? Talvez aqui no Brasil? Há!! Eu espero que sim. Meu objetivo é viajar o mundo para difundir a nossa história e aumentar a consciência da importância da família e dos amigos para alguém que está enfrentando o câncer.
Existe algum limite para o amor, Angelo? Eu não acredito.
Os internautas fizeram muitos comentários sobre a história de amor de vocês. Algumas das mensagens que recebemos pelas redes sociais foram: “Isso é amor de verdade” e “Essas fotos provam que o amor existe”. Como você se sente em ser um exemplo para que as pessoas acreditem no amor? Nunca imaginei que [ao mostrar essas fotos] eu estava contando uma história de amor. Estou tão feliz e orgulhoso que nosso amor é o que sobressai. Que o câncer não nos impediu de amar um ao outro com todo nosso coração. Antes de conhecer a Jen, eu não acreditava que amor de verdade existia. Agora, eu sei que ele existe. Não há nada como amar. Leia mais: Dor e amor em fotos comovem o mundo
Para encerrar, Angelo, você acha que é capaz de amar alguém novamente com tamanha intensidade? Algumas semanas antes de Jennifer morrer, ela me disse que não queria que eu ficasse sozinho. Ela queria que eu fosse feliz. Eu não posso imaginar a força que ela arranjou para dizer isso para mim. E, mesmo com as palavras de Jen, eu não sei se posso algum dia na minha vida amar de novo, com todo o meu coração. Jennifer estará nele para sempre.

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A história de amor de Angelo e Jennifer Merendino emocionou os internautas brasileiros. Centenas de mensagens, postadas nas redes sociais, celebraram o sentimento que ele nutriu pela mulher doente até o adeus, no fim de 2011. O fotógrafo comoveu o mundo ao mostrar a batalha da mulher contra o câncer de mama. Diante da repercussão das imagens, o R7 entrevistou Angelo Merendino nesta semana sobre a vida do casal em Nova York, a participação dos internautas na luta dos dois e os projetos atuais do fotógrafo. Hoje, aos 39 anos, Angelo mora em Cleveland, nos Estados Unidos, e pretende rodar o mundo mostrando as fotos de seu maior projeto, A Batalha Que Nós Não Escolhemos: a luta da minha mulher contra o câncer de mama. Texto e Entrevista: Diego Iraheta, do R7
Ciente do efeito que o ensaio fotográfico produz nas pessoas, Angelo revelou ao R7 como o sentimento dos dois conseguiu superar a dor do câncer. — Nós aproveitamos a vida da melhor forma possível — as coisas boas e ruins. Eu nunca me diverti tanto quanto quando estávamos juntos, mesmo nos tempos difíceis Leia os principais trechos da entrevista a seguir, clicando nas imagens do casal
R7: Você comoveu milhares de pessoas com o seu envolvimento na batalha de sua mulher contra o câncer. Quando vocês decidiram publicar as fotos na internet, a resposta foi imediata? Como você e Jen reagiram à “participação” dos outros na sua vida pessoal? Angelo Merendino: Quando eu comecei a tirar as fotos, minha única intenção era mostrar para nossa família e nossos amigos, pois sentíamos que eles não entendiam como a situação tinha ficado séria. Assim que postei as imagens na internet, recebi muitos e-mails de mulheres com câncer. Elas escreviam que Jen havia inspirado todas a não desistir. Nós recebemos e-mails de algumas mulheres que, inclusive, agendaram mamografia por causa da Jen. Ficamos muito tocados de sermos capazes de fazer algo que moveu os outros. Nós queríamos extrair algo bom de uma coisa ruim. Leia mais: Marido comove o mundo ao mostrar a luta da mulher contra o câncer de mama
Após publicar as imagens, houve algum momento de dúvida, hesitação da Jen ou até mesmo seu? Ou ela nunca se sentiu desconfortável com as fotos online? Jen era muito aberta em relação à experiência dela. Na verdade, ela até criou um blog para contar a experiência [do câncer]. Jen confiou em mim e sabia que minha prioridade número um era cuidar dela.
Nas fotos, a gente pode ver e sentir amor. É um ensaio fotográfico, mas também é a relação de vocês. Como você foi capaz de equilibrar esses dois papéis – o de fotógrafo e o de marido de uma mulher que estava morrendo? As pessoas dizem que você foi muito forte... Na verdade, eu procurava não pensar muito. Tudo que importava para mim era se Jen estava feliz e confortável. Nós nos aproximamos tanto e podíamos nos comunicar com poucas palavras. Nós nos amamos muito profundamente… Jen era tudo! Eu tirava fotos quando algo mexia comigo, quando eu sentia alguma coisa em meu coração. Sou muito sensível e sabia como a Jen estava se sentindo... Acho que segui meu coração.
No seu site, você revela que o tempo ao lado de Jen, apesar do câncer, foi “a melhor época da sua vida”. Como o amor pode superar a dor em uma situação tão delicada como essa que Jen e você enfrentaram? Jennifer e eu nos casamos no Central Park [no centro de Nova York] e, quando eu a vi percorrendo o caminho rumo ao altar, comecei a chorar imediatamente. Eu nunca imaginei que poderia amar tanto alguém e ser amado na mesma intensidade. Jennifer era tão especial, e ela amava com todo o coração. O sorriso dela era o sol para mim. E eu serei eternamente grato por cada momento que compartilhamos. E nós rimos tanto. Nós aproveitamos a vida da melhor forma possível — as coisas boas e ruins. Eu nunca me diverti tanto quanto quando estávamos juntos, mesmo nos tempos difíceis.
Você tem alguma foto preferida do ensaio A Batalha Que Nós Não Escolhemos? E ela? Creio que as nossas favoritas são todas aquelas em que nós dois estamos juntos.
Após a perda, em que circunstância você decidiu começar as exposições fotográficas de A Batalha Que Nós Não Escolhemos? Antes de Jen morrer, eu fiz uma exposição de nossas fotos. Foi importante para mim que isso tenha acontecido. Ela estava no hospital, então não pode participar. Mas ela ligou e conseguimos transmitir a voz dela por alto-falantes. Então, ela pode falar com o público. Muita gente estava comovida com nossa história, e eu decidi que queria continuar compartilhando. Leia mais: Marido comove o mundo ao mostrar a luta da mulher contra o câncer de mama
Você tem planos de mostrar suas fotos em exposições na América do Sul? Talvez aqui no Brasil? Há!! Eu espero que sim. Meu objetivo é viajar o mundo para difundir a nossa história e aumentar a consciência da importância da família e dos amigos para alguém que está enfrentando o câncer.
Existe algum limite para o amor, Angelo? Eu não acredito.
Os internautas fizeram muitos comentários sobre a história de amor de vocês. Algumas das mensagens que recebemos pelas redes sociais foram: “Isso é amor de verdade” e “Essas fotos provam que o amor existe”. Como você se sente em ser um exemplo para que as pessoas acreditem no amor? Nunca imaginei que [ao mostrar essas fotos] eu estava contando uma história de amor. Estou tão feliz e orgulhoso que nosso amor é o que sobressai. Que o câncer não nos impediu de amar um ao outro com todo nosso coração. Antes de conhecer a Jen, eu não acreditava que amor de verdade existia. Agora, eu sei que ele existe. Não há nada como amar. Leia mais: Dor e amor em fotos comovem o mundo
Para encerrar, Angelo, você acha que é capaz de amar alguém novamente com tamanha intensidade? Algumas semanas antes de Jennifer morrer, ela me disse que não queria que eu ficasse sozinho. Ela queria que eu fosse feliz. Eu não posso imaginar a força que ela arranjou para dizer isso para mim. E, mesmo com as palavras de Jen, eu não sei se posso algum dia na minha vida amar de novo, com todo o meu coração. Jennifer estará nele para sempre.

A história de amor de Angelo e Jennifer Merendino emocionou os internautas brasileiros. Centenas de mensagens, postadas nas redes sociais, celebraram o sentimento que ele nutriu pela mulher doente até o adeus, no fim de 2011. O fotógrafo comoveu o mundo ao mostrar a batalha da mulher contra o câncer de mama. Diante da repercussão das imagens, o R7 entrevistou Angelo Merendino nesta semana sobre a vida do casal em Nova York, a participação dos internautas na luta dos dois e os projetos atuais do fotógrafo. Hoje, aos 39 anos, Angelo mora em Cleveland, nos Estados Unidos, e pretende rodar o mundo mostrando as fotos de seu maior projeto, A Batalha Que Nós Não Escolhemos: a luta da minha mulher contra o câncer de mama. Texto e Entrevista: Diego Iraheta, do R7

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