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População com sede: falta de saneamento de água potável ainda assombram países do hemisfério sul

Um bem que parece infinito está correndo sérios riscos

Internacional|Do R7

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O mundo comemora neste sábado (22) o Dia Mundial da Água. Mas de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), não há muito o que celebrar quando o tema é água.  Não é de hoje que a organização chama a atenção para a falta de água potável nos países localizados no hemisfério sul do globo — onde estão as nações ainda em desenvolvimento — e busca práticas que possam transformar esse recurso e a energia em uma "indústria verde". Para a instituição, a situação é grave e, se nada for feito, muitos continuarão sofrendo com doenças decorrentes da falta de saneamento e água própria para consumo
Segundo o presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas, John Ashe, a falta de acesso à água, saneamento e serviços sustentáveis de energia são os principais desafios globais de desenvolvimento.  Atualmente, 783 milhões de pessoas vivem sem água potável, 2,5 bilhões não tem saneamento adequado e 1,4 bilhão não têm acesso à eletricidade
A especialista em água e saneamento do Banco Mundial, María Catalina Ramirez, alertou que 36 milhões de pessoas na América Latina ainda não têm acesso à água potável. Deste número, aproximadamente 80% vive em áreas rurais, e a falta de acesso a saneamento básico torna a população mais vulnerável a doenças gastrointestinais e pode até levar a morte
O Oriente Médio e o norte da África também sofrem com a escassez de água. Nos últimos 40 anos a disponibilidade de água doce caiu dois terços. De acordo com especialistas da ONU, esse número diminuirá mais 50% até 2050
No Haiti, o acesso à água é complicado para muitas pessoas, principalmente para os mais pobres. Os moradores têm que comprar 15 litros de água da chuva de vizinhos que conseguem armazenar em pequenos reservatórios. As crianças tomam banho em fontes públicas. Os moradores locais precisam tratar a água com cloro para beber
A Conferência da ONU-Água, que aconteceu no início deste ano, informou que a demanda por água pode exceder em 44% os recursos anuais disponíveis até 2050.  Os dados são baseados na ideia de necessidade de usar a água como geradora de energia primária
Para a ONU, o mundo enfrenta dois grandes desafios: garantir um fornecimento sustentável de água para 768 milhões de pessoas que, atualmente, não têm acesso ao recurso e proporcionar o acesso à energia para cerca de 1,4 bilhão de pessoas, o equivalente a 20% da população mundial atual.  A previsão é que o planeta tenha 9 bilhões de habitantes em 2050.
Os países atingidos por guerras civis também são vítimas constantes da falta de água potável. As ONGs responsáveis pela ajuda humanitária na Síria, por exemplo, fazem diversas chamadas para a população mundial sobre a falta de apoio para enviar água para os refugiados em campos e fronteiras
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o aumento da temperatura do planeta e consequente elevação do nível do mar podem salinizar os lençóis freáticos, prejudicando o abastecimento de água. O degelo das calotas polares pode produzir o fenômeno inverso. A ação do homem na natureza tem mudado de forma drástica o comportamento natural das águas. Neste ano, com o tema "Água e Energia", a ONU tenta conscientizar a população sobre a ligação entre os dois recursos. Segundo o site oficial, água e energia estão intimamente interligadas, uma vez que a geração e transmissão de energia requerem a utilização deste recurso natural tão precioso  

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O mundo comemora neste sábado (22) o Dia Mundial da Água. Mas de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), não há muito o que celebrar quando o tema é água.  Não é de hoje que a organização chama a atenção para a falta de água potável nos países localizados no hemisfério sul do globo — onde estão as nações ainda em desenvolvimento — e busca práticas que possam transformar esse recurso e a energia em uma "indústria verde". Para a instituição, a situação é grave e, se nada for feito, muitos continuarão sofrendo com doenças decorrentes da falta de saneamento e água própria para consumo
Segundo o presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas, John Ashe, a falta de acesso à água, saneamento e serviços sustentáveis de energia são os principais desafios globais de desenvolvimento.  Atualmente, 783 milhões de pessoas vivem sem água potável, 2,5 bilhões não tem saneamento adequado e 1,4 bilhão não têm acesso à eletricidade
A especialista em água e saneamento do Banco Mundial, María Catalina Ramirez, alertou que 36 milhões de pessoas na América Latina ainda não têm acesso à água potável. Deste número, aproximadamente 80% vive em áreas rurais, e a falta de acesso a saneamento básico torna a população mais vulnerável a doenças gastrointestinais e pode até levar a morte
O Oriente Médio e o norte da África também sofrem com a escassez de água. Nos últimos 40 anos a disponibilidade de água doce caiu dois terços. De acordo com especialistas da ONU, esse número diminuirá mais 50% até 2050
No Haiti, o acesso à água é complicado para muitas pessoas, principalmente para os mais pobres. Os moradores têm que comprar 15 litros de água da chuva de vizinhos que conseguem armazenar em pequenos reservatórios. As crianças tomam banho em fontes públicas. Os moradores locais precisam tratar a água com cloro para beber
A Conferência da ONU-Água, que aconteceu no início deste ano, informou que a demanda por água pode exceder em 44% os recursos anuais disponíveis até 2050.  Os dados são baseados na ideia de necessidade de usar a água como geradora de energia primária
Para a ONU, o mundo enfrenta dois grandes desafios: garantir um fornecimento sustentável de água para 768 milhões de pessoas que, atualmente, não têm acesso ao recurso e proporcionar o acesso à energia para cerca de 1,4 bilhão de pessoas, o equivalente a 20% da população mundial atual.  A previsão é que o planeta tenha 9 bilhões de habitantes em 2050.
Os países atingidos por guerras civis também são vítimas constantes da falta de água potável. As ONGs responsáveis pela ajuda humanitária na Síria, por exemplo, fazem diversas chamadas para a população mundial sobre a falta de apoio para enviar água para os refugiados em campos e fronteiras
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o aumento da temperatura do planeta e consequente elevação do nível do mar podem salinizar os lençóis freáticos, prejudicando o abastecimento de água. O degelo das calotas polares pode produzir o fenômeno inverso. A ação do homem na natureza tem mudado de forma drástica o comportamento natural das águas. Neste ano, com o tema "Água e Energia", a ONU tenta conscientizar a população sobre a ligação entre os dois recursos. Segundo o site oficial, água e energia estão intimamente interligadas, uma vez que a geração e transmissão de energia requerem a utilização deste recurso natural tão precioso  

O mundo comemora neste sábado (22) o Dia Mundial da Água. Mas de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), não há muito o que celebrar quando o tema é água.  Não é de hoje que a organização chama a atenção para a falta de água potável nos países localizados no hemisfério sul do globo — onde estão as nações ainda em desenvolvimento — e busca práticas que possam transformar esse recurso e a energia em uma "indústria verde". Para a instituição, a situação é grave e, se nada for feito, muitos continuarão sofrendo com doenças decorrentes da falta de saneamento e água própria para consumo

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