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Rearmamento da Rússia dá ao país capacidade devastadora em caso de guerra com os EUA

Governo de Putin ajudou a revitalizar a Guerra Fria e aumentou potencial nuclear russo

Internacional|egoussinsky

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Após o colapso da União Soviética, boa parte do armamento russo ficou obsoleto. Houve a impressão de que a Guerra Fria havia acabado. Mas, algumas décadas depois, pode-se perceber, principalmente após a ascensão do presidente Vladimir Putin, em 2000, e uma nova política armamentista, que a Guerra Fria apenas havia "esfriado" 
Nos últimos anos a Guerra Fria "esquentou" e, mais do que isso, tem sido pretexto para os russos desenvolverem um moderno arsenal, que inclui armas nucleares. Após os Estados Unidos lançarem 59 mísseis Tomahawk na base de Al Shayrat, na última quinta-feira (6), o ambiente entre EUA e Rússia ficou tenso, aumentando até a possibilidade de um conflito entre as duas nações
E do ponto de vista russo, a capacidade de seus armamentos é uma séria ameaça não só para os Estados Unidos mas para o mundo inteiro, já que o material, modernizado, tem enorme poder de destruição. Uma guerra entre EUA e Rússia poderia ser devastadora, caso ambos os países utilizem todo o seu potencial bélico
O arsenal nuclear americano tem 1.750 ogivas ativas em um total de 6.970. Já o da Rússia tem 1.790 ogivas ativas em um total de 7.300, segundo estudo da Federation of American Scientists (na foto, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov)
Recentemente a Rússia lançou seu mais poderoso submarino nuclear, o do projeto 885 Yassen, que, segundo autoridades militares locais, é capaz de disparar mísseis nos EUA a partir do meio do Atlântico. Neste sentido, tem como atingir alvos a 2,4 mil km em terra, com precisão pontual usando mísseis de cruzeiro - tornando-o capaz de alcançar a costa leste da América
Além disso, o país está perto de terminar o desenvolvimento de mísseis balístico capazes de superar o sistema de defesa antiaéreo dos EUA. Apesar de não ter o nome divulgado, a mídia especula que o míssil em questão é o RS-28 Sarmat, míssil balístico intercontinental pesado, que está sendo introduzido como parte da modernização nuclear da Rússia
O fortalecimento do arsenal russo, na opinião do professor Márcio Coimbra, coordenador do curso de Relações Institucionais do Ibmec de Brasília, é consequência de uma estratégia do presidente do país: — Vejo esse fortalecimento como um equilíbrio de forças, já que a Rússia não tem uma economia tão pujante e sua importância pode ser fortalecida com um maior investimento militar. Foi o que Putin fez
Coimbra considera que, apesar deste perigoso incremento bélico da Rússia, a política na própria Síria é um fator que praticamente tira o risco de um confronto com os americanos, neste momento: — Não diria que há risco de conflito entre Estados Unidos e Rússia. Os dois países sabem da importância do presidente sírio Bashar al-Assad para derrotar o Estado Islâmico
A lista de armamentos russo, nesta busca do equilíbrio, é imensa. Segundo o Russia Beyond The Headlines, os projetistas do país apresentaram mais de 11 mil itens de armamento e equipamentos modernos no Fórum Militar e Tecnológico do Exército em 2016 na região de Moscou
Para atingir alvos a uma distância de 30 km, uma bomba de fragmentação de 540 kg, apresentada na feira, é guiada por radar e por infra-vermelho e usada para destruir veículos blindados inimigos e postos de comando
A Rússia desenvolveu ainda sistemas de armas de rádio e eletrônicos inigualáveis em qualquer lugar do mundo, segundo a mídia local. Os equipamentos já foram testados com sucesso e podem resguardar a vida dos soldados
O robô Soratnik foi criado para dar suporte à artilharia, patrulhando e guardando uma área. O equipamento é feito por controle remoto, sem a necessidade, em tese, de qualquer intervenção humana 
O Floks , apresentado no evento, é o primeiro sistema de artilharia autopropulsada da Rússia, com uma pistola de 120 mm. Ele combina as funções de uma arma de longo alcance, com obuses e morteiros. Pode disparar em posições inimigas a uma distância de 100 m a 10 km
Outro robô, o Uran-9, tem condições de atuar a uma distância de 3 km de seu operador. Cinco desses robôs estão sendo utilizados. Eles possuem quatro veículos de combate: um robô de reconhecimento (ou apoio), uma referência móvel e dois rebocadores
A Rússia também dá a entender que realizou um lançamento bem-sucedido de seu míssil anti-satélite de ascensão direta Nudol. Este é o segundo teste da nova arma, que é capaz de destruir satélites no espaço. A arma foi aparentemente lançada a partir da instalação de testes de Plesetsk, ao norte de Moscou 
A destruição de satélites interrompe ferramentas espacias de navegação, comunicação e inteligência, bases das operações militares americanas. Um representante da Rússia United Instrument Manufacturing Company (OPK) disse que somente os russos têm esse armamento
Ao Washington Post, Robert H. Scales, major geral aposentado do exército, ex-comandante da Escola de Guerra do Exército dos EUA e autor do livro "Scales on War" escreveu em artigo as seguintes opiniões, como se fizesse um alerta para esse momento de equilíbrio
— Em novembro, ao visitar a sede do Exército dos EUA na Europa, recebi um briefing sobre o desempenho do exército russo na Ucrânia. Em um tom superficial, o jovem técnico de inteligência recitou os detalhes da Batalha de Zelenopillya, em julho de 2014, na qual um único "tiro de fogo" da artilharia russa quase destruiu dois batalhões mecanizados da Ucrânia em poucos minutos
— Eu não podia deixar de imaginar um batalhão blindado dos EUA submetido a um ataque de incêndio semelhante. Percebi então que a Ucrânia se tornara o meio da Rússia para mostrar o que poderia acontecer se lutássemos contra uma batalha intensa
— "Sabe, rapazes", pensei no momento, "esta é a primeira vez desde o começo da Guerra Fria que uma função de combate à guerra americana tem sido superada por um exército estrangeiro" Conheça o poderoso arsenal dos Estados Unidos
Outra arma potente é um novo canhão testado por uma equipe de cientistas russos. Ele foi considerado rápido o suficiente para rasgar qualquer tipo de defesa. Trata-se de uma arma que depende de forças eletromagnéticas em vez de explosivos ou propelente (combustível) Assista 24 horas à programação da Record TV

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Após o colapso da União Soviética, boa parte do armamento russo ficou obsoleto. Houve a impressão de que a Guerra Fria havia acabado. Mas, algumas décadas depois, pode-se perceber, principalmente após a ascensão do presidente Vladimir Putin, em 2000, e uma nova política armamentista, que a Guerra Fria apenas havia "esfriado" 
Nos últimos anos a Guerra Fria "esquentou" e, mais do que isso, tem sido pretexto para os russos desenvolverem um moderno arsenal, que inclui armas nucleares. Após os Estados Unidos lançarem 59 mísseis Tomahawk na base de Al Shayrat, na última quinta-feira (6), o ambiente entre EUA e Rússia ficou tenso, aumentando até a possibilidade de um conflito entre as duas nações
E do ponto de vista russo, a capacidade de seus armamentos é uma séria ameaça não só para os Estados Unidos mas para o mundo inteiro, já que o material, modernizado, tem enorme poder de destruição. Uma guerra entre EUA e Rússia poderia ser devastadora, caso ambos os países utilizem todo o seu potencial bélico
O arsenal nuclear americano tem 1.750 ogivas ativas em um total de 6.970. Já o da Rússia tem 1.790 ogivas ativas em um total de 7.300, segundo estudo da Federation of American Scientists (na foto, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov)
Recentemente a Rússia lançou seu mais poderoso submarino nuclear, o do projeto 885 Yassen, que, segundo autoridades militares locais, é capaz de disparar mísseis nos EUA a partir do meio do Atlântico. Neste sentido, tem como atingir alvos a 2,4 mil km em terra, com precisão pontual usando mísseis de cruzeiro - tornando-o capaz de alcançar a costa leste da América
Além disso, o país está perto de terminar o desenvolvimento de mísseis balístico capazes de superar o sistema de defesa antiaéreo dos EUA. Apesar de não ter o nome divulgado, a mídia especula que o míssil em questão é o RS-28 Sarmat, míssil balístico intercontinental pesado, que está sendo introduzido como parte da modernização nuclear da Rússia
O fortalecimento do arsenal russo, na opinião do professor Márcio Coimbra, coordenador do curso de Relações Institucionais do Ibmec de Brasília, é consequência de uma estratégia do presidente do país: — Vejo esse fortalecimento como um equilíbrio de forças, já que a Rússia não tem uma economia tão pujante e sua importância pode ser fortalecida com um maior investimento militar. Foi o que Putin fez
Coimbra considera que, apesar deste perigoso incremento bélico da Rússia, a política na própria Síria é um fator que praticamente tira o risco de um confronto com os americanos, neste momento: — Não diria que há risco de conflito entre Estados Unidos e Rússia. Os dois países sabem da importância do presidente sírio Bashar al-Assad para derrotar o Estado Islâmico
A lista de armamentos russo, nesta busca do equilíbrio, é imensa. Segundo o Russia Beyond The Headlines, os projetistas do país apresentaram mais de 11 mil itens de armamento e equipamentos modernos no Fórum Militar e Tecnológico do Exército em 2016 na região de Moscou
Para atingir alvos a uma distância de 30 km, uma bomba de fragmentação de 540 kg, apresentada na feira, é guiada por radar e por infra-vermelho e usada para destruir veículos blindados inimigos e postos de comando
A Rússia desenvolveu ainda sistemas de armas de rádio e eletrônicos inigualáveis em qualquer lugar do mundo, segundo a mídia local. Os equipamentos já foram testados com sucesso e podem resguardar a vida dos soldados
O robô Soratnik foi criado para dar suporte à artilharia, patrulhando e guardando uma área. O equipamento é feito por controle remoto, sem a necessidade, em tese, de qualquer intervenção humana 
O Floks , apresentado no evento, é o primeiro sistema de artilharia autopropulsada da Rússia, com uma pistola de 120 mm. Ele combina as funções de uma arma de longo alcance, com obuses e morteiros. Pode disparar em posições inimigas a uma distância de 100 m a 10 km
Outro robô, o Uran-9, tem condições de atuar a uma distância de 3 km de seu operador. Cinco desses robôs estão sendo utilizados. Eles possuem quatro veículos de combate: um robô de reconhecimento (ou apoio), uma referência móvel e dois rebocadores
A Rússia também dá a entender que realizou um lançamento bem-sucedido de seu míssil anti-satélite de ascensão direta Nudol. Este é o segundo teste da nova arma, que é capaz de destruir satélites no espaço. A arma foi aparentemente lançada a partir da instalação de testes de Plesetsk, ao norte de Moscou 
A destruição de satélites interrompe ferramentas espacias de navegação, comunicação e inteligência, bases das operações militares americanas. Um representante da Rússia United Instrument Manufacturing Company (OPK) disse que somente os russos têm esse armamento
Ao Washington Post, Robert H. Scales, major geral aposentado do exército, ex-comandante da Escola de Guerra do Exército dos EUA e autor do livro "Scales on War" escreveu em artigo as seguintes opiniões, como se fizesse um alerta para esse momento de equilíbrio
— Em novembro, ao visitar a sede do Exército dos EUA na Europa, recebi um briefing sobre o desempenho do exército russo na Ucrânia. Em um tom superficial, o jovem técnico de inteligência recitou os detalhes da Batalha de Zelenopillya, em julho de 2014, na qual um único "tiro de fogo" da artilharia russa quase destruiu dois batalhões mecanizados da Ucrânia em poucos minutos
— Eu não podia deixar de imaginar um batalhão blindado dos EUA submetido a um ataque de incêndio semelhante. Percebi então que a Ucrânia se tornara o meio da Rússia para mostrar o que poderia acontecer se lutássemos contra uma batalha intensa
— "Sabe, rapazes", pensei no momento, "esta é a primeira vez desde o começo da Guerra Fria que uma função de combate à guerra americana tem sido superada por um exército estrangeiro" Conheça o poderoso arsenal dos Estados Unidos
Outra arma potente é um novo canhão testado por uma equipe de cientistas russos. Ele foi considerado rápido o suficiente para rasgar qualquer tipo de defesa. Trata-se de uma arma que depende de forças eletromagnéticas em vez de explosivos ou propelente (combustível) Assista 24 horas à programação da Record TV

Após o colapso da União Soviética, boa parte do armamento russo ficou obsoleto. Houve a impressão de que a Guerra Fria havia acabado. Mas, algumas décadas depois, pode-se perceber, principalmente após a ascensão do presidente Vladimir Putin, em 2000, e uma nova política armamentista, que a Guerra Fria apenas havia "esfriado" 

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